Last Updated on 12 de setembro de 2019 by @thaiskw
Outro passeio que fizemos na visita à Cidade do México, foi visitar o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe. Ela é a padroeira do México e por lá os mexicanos são muito devotos. Até eu virei depois que conheci melhor a história. Vou contar tudo sobre como chegar, o que ver e as histórias sobre a Santa. 🙂
[Confira aqui o post do roteiro do nosso primeiro dia na Cidade do México, Roteiro completo, Museu da Frida Kahlo e quanto gastei na Cidade do México]
A Basílica de Guadalupe é o segundo santuário católico mais visitado do mundo, atrás apenas do Vaticano. São muitos peregrinos, excursões e fiéis do mundo todo indo rezar, agradecer e pagar promessas diariamente.
Como chegar na Basílica de Guadalupe
A maioria das pessoas faz a visita ao Santuário no mesmo dia da visita às Pirâmides de Teotihuacan. Os dois não são perto um do outro, mas ambos são em direção ao norte. O trajeto dos tours é ir para a Basílica e depois para as pirâmides. Esse foi um dos motivos que decidimos ir às pirâmides por conta própria, chegar lá antes dos tours e ir à tarde para a Basílica, que também estava bem tranquila.
Saímos super cedo do hotel, fomos para as Pirâmides e na volta, saímos no Terminal de Autobuses Norte e pegamos um metrô em frente ao terminal (tem uma maneira mais rápida de ir direto para as pirâmides, mas achei mais fácil voltar ao terminal). Eu sempre indico o app CittyMapper pra ajudar a chegar nos lugares de transporte público. De lá, é só pegar a linha em direção a Linha Amarela (5) em direção à Politécnica e descer na parada seguinte, Instituto del Petróleo. No Instituo del Petróleo, pegar a linha vermelha (6) em direção à Martin Carrera e descer na La Villa Basílica, que fica cerca de uma quadra da Basílica de Guadalupe. Parece complicado, mas é bem simples, só é chato fazer esse monte de baldeação. Olha o mapa do metrô pra ver como é perto (o terminal norte em amarelo e a Basílica em vermelho, tudo em cima).
A história da Nossa Senhora de Guadalupe
Confesso que quando visitei o Santuário, não tinha pesquisado a fundo a história toda ao redor da virgem de Guadalupe. Mas li melhor quando cheguei no Brasil e fiquei muito impressionada:
Vou resumir bastante: Ela apareceu para o índio Juan Diego em dezembro de 1531, pedindo que ele falasse ao bispo que construísse uma igreja em sua honra. O bispo pediu uma prova de sua existência e ela fez um jardim com uma variedade de flores em uma época fria e de seca no México. Juanito, como ficou conhecido o índio, enrolou as flores em uma tilma (tecido feito com fibras de agave) e levou ao bispo. Ao desembrulhar as flores, a imagem da Virgem de Guadalupe (essa que conhecemos), estava estampada na tilma.
Essa tilma é que intriga os cientistas até hoje. Começando que esse tecido em que a imagem está estampada. Como ele é feito de material vegetal, se decompõe em menos de 20 anos. Essa tilma já tem 487 anos e está em perfeito estado. Sendo que no primeiro século, não era conservada com vidro como está hoje.
Em 1936, o bispo da Cidade do México pediu para que o cientista Richard Kuhn, vencedor do Prêmio Nobel de Química de 1938, investigasse o material utilizado na pintura. O cientista disse que não era vegetal, animal, mineral ou qualquer outro elemento atômico conhecido.
Em maio de 1979, cientistas americanos da Universidade da Flórida, junto com pesquisadores da NASA, avaliaram a imagem. Chegaram a conclusão de que na tilma, não foi usada fotografia ou pintura e além de tudo, a imagem está flutuando na tilma, estando 5 décimos de milímetro acima dela. Dizem também que se a pessoa aproximar o olhar a 10cm de distância do manto, não consegue observar a imagem, apenas as fibras do tecido (isso não pude comprovar, porque a imagem fica longe do alcance do público).
Outra coisa intrigante: o olhar da Virgem. Em 1929 o fotógrafo Alfonso Marcus Gonzalez notou uma imagem no olho direito e começou a investigar. Nas pupilas dela, quando ampliadas em 2500 vezes, é possível ver 13 pessoas, que seria o olhar da Virgem no dia em que Juanito abriu a tilma. Isso seria impossível para um humano pintar, ainda mais considerando a época em que foi descoberto.
Em novembro de 1921, uma pessoa colocou flores com uma bomba no altar da igreja. A bomba destruiu quase tudo no altar, incluindo um crucifixo de ferro que entortou muito e está exposto na igreja, para provar o poder da bomba. A tilma, porém, assim como os cristais da sua moldura, ficaram intactos.
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A visita na Basílica
O complexo é formado pela Basílica Velha, que foi concluída em 1709 e pela Basílica Nova, inaugurada na década de 70.
Lá também é possível subir o Monte Tepeyac, onde a Virgem apareceu para o Juanito as duas vezes e onde está a primeira igreja construída para ela. Nós não fomos porque a subida parecia longa, estávamos cansados e sem almoçar (e era umas 16h já, haha). Hoje dá um arrependimento de não ter ido, mas é um motivo para voltar.
Perto da escada para subir o monte, atrás da Basílica Velha, fica o Museu da Virgem de Guadalupe. Custou 5 pesos para entrar e é bem grande e interessante. Tem vários objetos de arte sacra, quadros dedicados à virgem e objetos restaurados. Não pode tirar fotos lá dentro. Ficamos cerca de uma hora e achei que valeu a pena (até pelo preço, não foi nem R$1).
A Basílica Velha ficou fechada por um tempo, pois constataram que o chão estava afundando. Dá pra ver claramente nas fotos que ela é torta e ao caminhar lá dentro dá pra sentir que o chão é inclinado. Ela foi restaurada e reaberta, mas mesmo assim foi construída a nova, que tem uma capacidade bem maior para receber fiéis.
A Basílica Nova é muito bonita e espaçosa, dá pra ver que tem vários espaços para celebrações menores na parte de cima. Na parte de trás do altar, fica a tilma com a imagem da Virgem. Tem uma esteira na frente, assim ninguém fica parado e não há tumultos. Achei uma solução bem inteligente. Atrás dessa esteira, fica a lojinha do Santuário. Ainda que nos arredores da Basílica tenham muitas lojas de souvenires, recomendo que você compre na loja oficial, pois os preços são bem amigáveis. Comprei uma medalhinha/pingente banhada a ouro, linda, por 270 pesos (R$44). Os terços tinham de vários valores, começando em 30 pesos (menos de R$5).
Depois de visitar quase tudo (faltando nossa subida ao monte), fizemos o caminho contrário e voltamos ao Centro.
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Comments (6)
Pirâmides de Teotihuacan - Como fazer esse bate-volta da Cidade do México - Viajapinhasays:
23 de novembro de 2019 at 13:09[…] e em pouco mais de uma hora chegamos no Terminal Norte novamente. De lá fomos visitar a Basílica de Guadalupe. (Post no […]
felipesays:
10 de julho de 2017 at 05:33Gostei muito do que li aqui no seu site.Estou estudando o assunto,Mas quero agradecer por que seu texto foi muito valido. Obrigado 🙂
alinasays:
6 de julho de 2017 at 18:53Realmente muito bom este post! Conteúdo Relevante!
Gostei bastante do site, vou ver se acompanho toda semana suas postagens.
Trabalho pela internet a alguns anos com meu blog de decoração e adoro
tudo referente ao assunto. Sei que o assunto não é decoração mas adoro
saber novidades em diferentes nichos e áreas. Obrigada
4 dias na Cidade do México - Roteiro - Viajapinhasays:
2 de maio de 2017 at 21:53[…] Basílica de Guadalupe: post com explicação completa no link. […]
Roteiro de 4 dias na Cidade do México - Dia 1 - Viajapinhasays:
26 de abril de 2017 at 20:50[…] isso, já tem os posts sobre as Pirâmides de Teotihuácan, Basílica de Guadalupe, Museu da Frida Kahlo, Restaurante San Angel […]
San Angel Inn - Dica de restaurante na Cidade do México - Viajapinhasays:
2 de abril de 2017 at 19:33[…] os outros posts sobre a Cidade do México: as Pirâmides de Teotihuácan, a Basílica de Guadalupe e o Museu Frida […]