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Golpes na Cidade do México

Last Updated on 21 de agosto de 2018 by @thaiskw

Ainda que eu tenha amado muito o México, nem tudo foi às mil maravilhas na nossa viagem à Cidade do México. Como em vários outros países do mundo, tem pessoas especializadas em dar golpes nos turistas. Levamos um golpe (super descarado) de um taxista e quase levamos outros nas Trajineras, mas nesse não caímos. Nesse post vou contar sobre os dois casos:

[Leia aqui o nosso roteiro de 4 dias na Cidade do México e quanto gastei nessa viagem]

Golpe do táxi: Esse parece ser bem comum, infelizmente. Procuramos um táxi para ir do Museu de Antropologia ao Palácio Bellas Artes no centro histórico da cidade, cerca de 5 km de distância de onde estávamos. Tínhamos perguntado e feito as contas, não deveria dar mais do que 100 pesos para esse trajeto. Um táxi que não pegamos, nos disse para tomar cuidado com taxímetros adulterados, mas não acreditamos muito (calma que nem é esse o golpe ainda!).

Pegamos um táxi na rua, do lado da entrada do Bosque de Chapultepec. Novamente o taxista confirmou que para onde queríamos ir, não daria mais do que 120 pesos. Fomos cuidando no taxímetro, e de repente, ele pulou de 80 pesos para 120! Esse era o tal do taxímetro adulterado. Acabamos não falando nada e quando chegamos deu pouco menos do que 200 pesos. Entregamos uma nota de 200 pesos para ele (novinha, que tínhamos acabado de trocar na casa de câmbio do aeroporto). Meu pai estava no banco da frente e o taxista enrolou para dar o dinheiro, esperando ele sair do carro. Quando ele saiu, ele fingiu que derrubou a nota nos próprios pés, fingiu que demorou pra achar e levantou uma nova nota, dizendo que não podia aceitar, porque eu tinha entregue uma nota rasgada (que eu tinha certeza que não estava). Quando segurei a nota, vi que a textura era muito diferente, bem lisa, parecendo um papel sulfite mesmo. Falamos que não, que ele havia trocado a nota e que não iríamos dar outra nota. Ele discutiu e começou a acelerar o carro com a gente dentro. Resolvemos pagar e não discutir, porque ficamos com medo. Hoje acho que devíamos ter saído do carro, mas na hora ficamos nervosas. No lugar que ele nos deixou tinham duas mexicanas pedindo n=um táxi e ele respondeu que não estava atendendo (acho que queria só turistas mesmo). Então, fiquem atentos, esse golpe existe!

palacio bellas artes

Outra situação com um táxi não chegou a ser um golpe, mas um deles nos cobrou quase 4 vezes o valor para uma corrida e disse que não ligaria o taxímetro. Como era noite (estávamos saindo da Lucha Libre) e em uma rua muito feia, decidimos aceitar, pois mesmo sendo bem mais alto, ainda assim era barato na conversão.

Depois disso, só pegamos Uber. O valor era muito (muito) inferior ao valor do táxi e o atendimento muito melhor. Eu estava sem internet, mas andávamos até achar um café com wifi, rs. Agora sempre vou comprar um chip de celular local pra evitar esses apertos.

Golpe para as Trajineras: Trajineras são esses barcos super famosos lá no México (da foto), ficam no Canal de Xochimilco, um pouco mais afastado do centro da cidade.  Eu tinha pesquisado que o valor para andar era tabelado, 350 pesos por hora por Trajineira (independente do número de pessoas).

trajineras

Como era final da tarde e ficava longe de onde estávamos, decidimos chamar um Uber para nos levar lá. Levou cerca de 40 minutos de carro e quando estávamos em uma avenida perto, vimos que um rapaz começou a nos seguir de bicicleta. Não demos bola, e em seguida outro também nos seguiu nos chamando. Era uma avenida super movimentada e eles costuravam no meio dos carros! Ele estava usando um colete da Cidade do México e um crachá, que dizia que ele era do serviço de apoio ao turista (tanto colete e crachá bem bonitos e novos). Ele ficava nos perguntando se estávamos indo para as Trajineras, mas não demos atenção. Então quando paramos em um sinal, ele se identificou como guia turístico oficial da Cidade do México e que o Embarcadero que queríamos ir, o Nativitas, tinha alagado e estava em reforma, mas que ele podia nos levar em um que estava aberto. O motorista traduziu para a gente e perguntou o que queríamos fazer. Dissemos que podíamos seguir ele. Ele era muito ágil na bicicleta, andava tão rápido quanto o carro. Nos levou até uma área muito estranha, com ruas estreitas e bem diferente das fotos que eu tinha pesquisado. Chegamos em um Embarcadero horrível,  mas com as Trajineras lá, super bonitas. Como era uma região desconhecida, pedimos que o Uber nos esperasse (acho que ele até ficou feliz, porque era um lugar longe de tudo). Duas pessoas nos abordaram e falaram que o valor era 350 pesos por pessoa pra uma hora de passeio. Fingi que não estava entendendo e veio uma outra pessoa falando inglês. Ele disse a mesma coisa e eu contestei que havia visto na internet que o valor era por Trajinera e não por pessoa. Ele baixou para 300 pesos, mas continuou cobrando por pessoa. Perdemos a vontade de ir (até porque estava quase anoitecendo e o lugar que fomos parar era muito suspeito) entramos no carro e o motorista também disse que queria sair dali, rs. Ficamos 2 horas com esse Uber e deu no meu cartão de crédito cerca de R$60.

xochimilco

No caminho de volta, vimos uma faixa na entrada da região que dizia a mesma coisa: – 350 por Trajinera. E também depois vimos na página deles no Facebook alertando sobre esse golpe. Pelo menos nesse não caímos, mas também não andei no barquinho, que eu queria muito. 🙁

Então é isso, golpes a turistas tem em qualquer lugar do mundo, eu sempre leio os mais comuns para as cidades que estou indo, mas esses do México eu ainda não conhecia e não tinha lido ainda. Por isso fiz esse post de alerta. 🙂

[Confira os outros posts na Cidade do México: Museu Frida Kahlo, Pirâmides de Teotihuácan, Basílica de Guadalupe e o Restaurante San Angel Inn.]

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