México

Casa Azul Museu Frida Kahlo em Coyoacán – Cidade do México

Um passeio imperdível na Cidade do México é visitar a casa de uma de suas cidadãs mais conhecidas no mundo: Frida Kahlo, a artista de personalidade forte e que teve uma história de sofrimento e superação. Visitando a casa onde ela morou a maior parte da vida, em Coyoácan, dá para conhecer de perto toda a trajetória dela.

Como chegar

A famosa Casa Azul de Frida Kahlo fica na Rua Londres, 247 em Coyoacán. É um dos bairros mais antigos da Cidade do México. Tem como chegar lá por transporte público, só colocar no CittyMapper de onde você está saindo. Era bem longe e do nosso hotel, tinha que pegar dois ônibus e metrô. Achei muito complicado, então coloquei no Uber e daria menos de 100 pesos (isso é cerca de R$ 16), estávamos em 4 pessoas, mas mesmo em uma já acho que vale a pena. De carro, em um sábado de manhã sem trânsito, levamos cerca de 30 minutos para chegar lá. Quando chegamos, o museu ainda não estava aberto, mas já tinha uma fila se formando.

O bairro de Coyoácan é lindo, tranquilo e arborizado

Horários e Ingressos

O Museu abre todos os dias, entre 10h e 11h, dependendo do dia e fecha às 17h30. Aqui você pode conferir os horários em detalhes.

Recomendo a compra do ingresso com antecedência.  Custa 220 pesos nos finais de semana e 200 pesos durante a semana. Caso você queira tirar fotos lá dentro, precisa comprar uma autorização, que custa 30 pesos nos finais de semana e 60 pesos durante a semana (essa autorização precisa ser comprada na hora). Eu só comprei para fazer fotos aqui pro blog, mas achei legal ter essa taxa, as pessoas ficam mais contidas, rs. Vídeos não podem nunca, vi uma mulher filmando e a segurança mandando apagar. No jardim pode tirar fotos a vontade e não precisa comprar a autorização.

Chegando lá, tem duas filas: uma para quem comprou com antecedência e outra para quem ainda precisava comprar o ingresso. Não acho que se esgotem, mas poupa tempo:

Fila de quem já tinha comprado o ingresso. Éramos o segundo grupo, rs.

A Casa Azul Museu Frida Kahlo

A Casa Azul de Frida Kahlo tornou-se museu em 1958, somente quatro anos após a morte dela. É um dos locais mais concorridos da Cidade do México e recebe por mês cerca de 25 mil visitantes, sendo quase metade de estrangeiros.

A fila para comprar o ingresso estava virando a esquina e o Museu ainda nem tinha aberto! 😮

Nessa Casa que ficam vários objetos pessoais e importantes obras da Frida, além de visitarmos os ambientes do dia a dia da artista, com a maioria dos móveis e objetos originais.

Após a morte de Frida, Diego Rivera pediu 15 anos de segredo para os pertences do casal.  Ele morreu 3 anos mais tarde, em 1957 e deixou Dolores Olmedo, uma colecionadora de arte e amiga, como administradora de seu acervo, que manteve as peças em segredo. Somente em 2004, após a morte de Dolores, os objetos foram desbloqueados e formaram a exposição sobre as roupas e pertences de Frida, que podem ser vistos na mesma visita ao Museu. São mais de 300 peças, entre vestidos, jóias e adereços.

Vida e arte de Frida Kahlo

Se você ainda não viu, antes de fazer essa visita assista ao filme com a Salma Hayek, ele resume bem a vida dela e você já chega mais contextualizado. De qualquer maneira, vou fazer um resumo rápido:

Frida nasceu em 1907 em Coyoacán, na Cidade do México, mesmo bairro em que morou quase a vida toda e morreu. Foi uma mulher intensa e super moderna para a sua época. Tanto que ela é uma das figuras mais famosas do México e tem referências à ela em todos os lugares. Mas ela também tinha muito orgulho da cultura mexicana, e isso ficava claro em sua maneira de vestir e em suas obras.

Quando criança, Frida teve poliomelite, que a deixou com um problema no pé, que era atrofiado. Aos 18 anos, em 1925, sofreu um acidente que mudou toda a sua vida. Ela foi atropelada por um ônibus e passou por mais de 30 cirurgias. As sequelas ficaram com ela para o resto da vida e ela passou muito tempo sem poder sair da cama. Foi nessa época que começou a se dedicar mais à pintura.

Essa era a cama onde ela passava o dia.

Em 1929 Frida casou-se com Diego Rivera. Ele era um pintor famoso, socialista e 21 anos mais velho do que ela. Com ele viveu um romance turbulento, de extremos, sofrimento, traições, idas e voltas. Tanto na Casa Azul como no Museu Diego Rivera, é possível ver algumas das cartas trocadas entre eles. Durante esses anos, Frida sofreu três abortos e suas tristezas sobre isso também foram retratados em suas obras mais famosas.

Em 1937, Frida recebe em sua Casa Azul, Leon Trotski e sua esposa, exilados da Revolução Russa. Tem com ele um caso durante quase um ano. Trotski ficou em sua casa, por causa do forte envolvimento que Frida teve com a política, coisa rara para uma mulher naquela época.

Em 1939 Frida tem sua primeira exposição em Nova York, que foi um sucesso, e em seguida faz uma exposição em Paris. Lá ela conhece Picasso, Kandisky e outros artistas da época e o Museu do Louvre passa a exibir um dos seus quadros.

Nesse mesmo ano, separa-se de Diego Rivera, mas voltam a ficar juntos no ano seguinte.

Esses dois relógios foram pintados pela Frida e marcam dois dias: Quando ela descobriu a traição de Diego Rivera com sua irmã (está escrito ali “Se romperam las horas”) e o outro relógio marca o dia em que se casou com ele novamente (São Francisco – California).

Nos anos seguintes, sua coluna teve uma piora, o que dificultava sua locomoção. Em 1950 ela é operada e no mesmo ano precisa amputar a perna, o que a levou à depressão. Até o ano seguinte, passa por mais sete operações na coluna. Em 1953 tem sua primeira exposição na Cidade do México. Em 1954, com 47 anos, Frida é encontrada morta em sua cama.

O estúdio onde ela pintava
Essa frase ela escreveu logo após amputarem sua perna.

A visita no Museu é imperdível em uma visita na Cidade do México. Conhecer de perto a história de uma das artistas mais famosas do mundo e também ver pessoalmente suas obras foi emocionante!

Depois do Museu (nossa visita durou aproximadamente 1h30), fomos a pé para o Museu Diego Rivera. É longe, foi mais de uma hora caminhando (devagar) pelo bairro de Coyoacán e San Angel, mas foi muito agradável. Se você tiver tempo e disposição, recomendo o passeio também. Nesse post contei um pouco sobre o caminho e nosso almoço no San Angel Inn.

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@thaiskw

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