Last Updated on 24 de janeiro de 2019 by @thaiskw
Só agora me dei conta que não tem post de um dos passeios mais legais saindo de Paris: uma visita nos Jardins de Monet, em Giverny, na França. E o timing também foi ótimo, já que os jardins abriram no dia 24 de março para a temporada de 2017.
[Todos os posts de Paris estão reunidos no link com o roteiro. Tem também quanto gastei por lá e o total da viagem]
Os Jardins
Foi nessa casa e nesse jardim que Claude Monet, um dos pintores impressionistas mais conhecidos do mundo, morou por 40 anos de sua vida e inspirou a grande maioria dos seus quadros. Monet nasceu em 1840 e morreu em 1926. Está aberto para visitação do público desde 1980.
Os jardins são divididos em dois, um chamado de Clos Normand, que fica em frente à casa e outro japonês, atravessando um túnel para chegar ao outro lado da rua.
Monet e sua família mudaram para Giverny em 1883 e moraram na mesma casa, onde tinha um jardim na frente. Só 10 anos mais tarde, em 1893 é que Monet comprou um terreno em frente, onde ele fez um jardim inspirado nos jardins de água japoneses. Esse local ficou bem famoso como cenário de suas obras.
Monet fez o lago com o apoio da prefeitura e cuidava das plantas dos dois jardins. Passou a amar botânica, trocar plantas com amigos e buscar flores raras. Dizem que nunca um pintor cuidou tanto de um cenário antes de pintá-lo. Tem uma frase famosa dele que diz “I perhaps owe having become a painter to flowers.” – “Eu talvez deva às flores por ter me tornado um pintor.”
Porém, os jardins não ficam abertos para visitação no inverno. Normalmente abrem no final de março e fecham no início de novembro. O horário de funcionamento é das 9h30 da manhã às 18h. Antes da sua visita, confira as informações atualizadas no site.
Como chegar no Jardim de Monet saindo de Paris
Como os jardins abriam às 9h30 da manhã, decidimos sair de Paris bem cedo. O trem de Paris para Vernon (sentido Rouen) leva cerca de uma hora e de lá é preciso pegar outro transporte até Giverny.
Pegamos um metrô até Gare St Lazare, uma estação bonita, moderna e enorme, com várias lojas. Chegando lá, andamos na direção errada e pedimos informação sobre o trem para o Jardim. É o trem para Rouen, que para em Vernon. Entre chegar na estação, achar onde compra o bilhete, entrar na fila e pegar o trem levamos mais de meia hora, considere esse tempo.
A venda do bilhete era em um espaço da SNCF com uma luz vermelha ao redor da fachada e tinha uma fila dentro (não consigo dar explicação melhor, rs) A estação é enorme e precisamos pedir ajuda. Esse trem custa entre 12,90 e 16,70 euros cada trecho e mais um ônibus que custa cerca de 8 euros de Vernon para Giverny, o que faz desse um passeio caro. O trem parte não era muito frequente, pegamos o primeiro, das 8h20 e o seguinte era só às 10h20 (tem outro antes, mas ele leva duas horas para chegar). Os assentos não são marcados e você pode comprar com antecedência nesse site. Tem também promoções, com alguns horários por 9 euros o trecho.
Chegando lá, vimos todo mundo entrando naqueles ônibus tipo trenzinho (sabe aqueles do estacionamento da Disney?), pagando 6 euros e entrando. Nós fizemos isso e quando já estávamos sentadas, nos demos conta que nem perguntamos para onde o trem ia, hahaha. E ainda vimos chegar um ônibus sinalizado como sendo o que levava aos jardins. No nosso ingresso dizia tour pela cidade de Giverny. Perguntamos para um casal de americanos se eles sabiam para onde o trem ia e eles também esperavam que fosse até o Jardim de Monet. Decidimos ficar no trem, já que era um tour em Giverny, em algum momento deveria chegar na parada mais famosa, que são os jardins. No fim esse erro foi legal, pois passamos pela cidade que é muito bonitinha.
Cerca de uns 30 minutos depois, (porque esse trem vai devagar e por dentro da cidade, não deve levar 10 minutos no outro) chegamos na rua dos jardins. Antes de entrar já fiquei apaixonada. Toda a vizinhança parece aqueles vilarejos antigos de filmes de época e as casa são lindas.
Outra opção para ir ao Jardim é comprando um tour saindo de Paris, mas eles são bem caros, ir por conta é fácil e bem mais barato.
A visita
Como eu contei no post sobre Paris, mudamos todo nosso roteiro por causa do show da Adele. Por isso, esse era um dos passeios que não tínhamos comprado ingresso antecipado pela internet. Saímos bem cedo de Paris e fomos praticamente o primeiro grupo a chegar lá. Pagamos 9,50 euros na entrada (mas já vi que o valor de 2017 é 10,20 euros) e não pegamos fila nenhuma. Se puder, compre com antecedência para garantir, especialmente se você não for chegar no primeiro horário.
Começamos andando pelo jardim em frente à casa, não tinha quase ninguém e apesar do tempo nublado, tudo era lindo! Fomos em junho, na primavera, então o jardim estava todo colorido.
Em seguida, atravessamos a rua pelo túnel e fomos para o jardim com o lago. Ficamos um bom tempo lá admirando e tirando fotos. No início não tinha muita gente, mas foi enchendo bem rápido. Depois voltamos para frente da casa e comemos o croissant que tínhamos comprado na estação de trem, haha. A fome era grande e lá dentro não tem nenhum lugar vendendo comida. A fila para entrar na casa essa hora já estava bem grande.
Entramos na fila e fomos conhecer a casa. É possível visitar quase todos os cômodos. Em um deles, dá para ver uma réplica de vários de seus quadros, com explicações de onde eles estão expostos. A maioria está em Paris, então nos dias seguintes pudemos ver os originais de pertinho.
Entramos também nos quartos, onde tem várias gravuras japonesas enfeitando. Monet era apaixonado pela arte japonesa e foi muito inspirado por suas cores.
A sala de jantar e a cozinha foram os cômodos que achei mais legais. Um todo amarelo e outro todo azul. <3
Saindo da casa, tem uma lojinha, comprei alguns enfeites por lá.
Alguns dos quadros famosos com o Jardim de cenário e nesse site tem uma galeria bem completa:
Uma curiosidade, é que conforme Monet foi envelhecendo e perdendo a visão, seus quadros foram ficando mais borrados. Se você notar, os com mais detalhes e definição são de quando ele era mais jovem.
Na hora de ir embora, andamos sem pressa pelas ruas de Giveny e fomos onde ficou combinado de pegarmos o ônibus de volta. Como o nosso demorou, decidimos pegar o certo dessa vez, mas tivemos que pagar outros 5 euros. Como esses ônibus são mais ou menos sincronizados com os horários dos trens, esperamos cerca de meia hora para um chegar e depois mais uns 20 minutos na estação.
Um dos quadros que vimos de perto e que chamou muito a minha atenção foram As Ninféias, que está no Musée de l’Orangerie. É uma série de quadros que ele pintou nos seus últimos anos de vida, no seu jardim e alguns tem mais de 6 metros e estão divididos em duas salas ovais.
Não a pessoa mais entendida de arte, mas Monet é um dos pintores que mais me emociona de ver as obras e passei a gostar ainda mais depois de conhecer o cenário dessas pinturas. 🙂
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