Europa

Planejando uma viagem para Londres – por onde começar?

Sempre sonhei em conhecer Londres, mas pesquisava e o preço não contribuía para a viagem acontecer. Foram meses de muita economia, pesquisas e roteiros, para gastar o mínimo, mas não deixar de fazer nada do que queríamos! 😉 Nesse post tem o nosso roteiro de cinco dias, mas vou começar com as informações gerais sobre a cidade, como chegar, metrô, onde se hospedar etc.

[Já coloquei no ar o post com os gastos em Londres, Paris, Bruxelas, Barcelona e todos juntos.]

Passagem

Compramos a passagem com cerca de 8 meses de antecedência (imagina a ansiedade!). Foi um voo da American Airlines (logo, com uma conexão mega cansativa nos Estados Unidos). Escolhemos essa passagem pelo preço, custou R$ 2.300 saindo de Florianópolis até Londres e voltando de Barcelona até Florianópolis. Na volta ainda tivemos um stop de um dia em Nova York <3, que vou contar outra hora. Mas essa passagem que não é voo direto só vale a pena se você for parar na cidade do caminho (foram dois voos com mais ou menos 9h de viagem cada), caso contrário, vale esperar uma promoção e pegar um voo direto. Lembrando também que voo com parada nos Estados Unidos você precisa ter o visto e passará pela imigração americana.

A chegada

Não é necessário visto para entrar como turista na Inglaterra, mas a autorização para entrada no país acontece na entrevista com a imigração, que é bem parecida com uma entrevista para o visto americano. Nos perguntaram quantos dias iríamos ficar, o que fazemos no Brasil, quem está pagando a viagem, quanto de dinheiro estávamos levando, que lugares iríamos visitar, se a estadia estava paga etc. Esteja preparado com documentos  que confirmem as informações que você está dando, pois podem pedir.

Não é lindo esse caminho do aeroporto até o metrô?

Já passava da meia noite quando saímos da imigração. Pegamos as malas e seguimos as placas para encontrar o metrô. Lá não tem muito erro porque o aeroporto é o ponto final e só passa uma linha, a Picadilly Line. Eu estava um pouco preocupada pelo horário, por ser de madrugada, mas tinha bastante gente e pareceu ser muito tranquilo. A viagem total até nossa estacão levaria cerca de uma hora. Havíamos pesquisado sobre qual estação descer para trocar de linha, e nessa troca pedimos informação para um rapaz e ele nos disse que o metrô já estava parando (as linhas param por volta da 1h da manhã), mas que estávamos bem perto do hostel. Esse mesmo rapaz nos disse que podíamos pegar um ônibus e nos acompanhou até o ponto. Nos pontos de ônibus tem as linhas que passam e os horários, mas o que tínhamos que pegar também já tinha parado. Pegamos então um táxi, que custou 8 libras até o hostel, o que acabou sendo melhor, já que estávamos muito cansadas e com as malas.

Outras opções para sair do aeroporto:

  • Táxi: Nas minhas pesquisas, li que sairia em torno de 60 libras para ir até o centro de Londres, o que convertendo daria mais de R$300, então já descartei essa opção. Pra quem tem dinheiro, com certeza é a opção mais confortável.
  • Heathrow Express: É um trem que custa 22 libras cada trecho (ou 36 libras ida e volta). Ele é bem mais rápido que o metrô, pois vai direto até a Paddington Station em cerca de 15 minutos (de lá você precisa de outro meio para chegar o hotel, mas é uma estação bem central). Comprado com pelo menos 14 dias de antecedência tem desconto. Com 90 dias antes tem quase 10 libras de desconto, vale a pena se planejar. 😉 O problema é que o Heathrow Express também pára antes da meia noite, então não serviria no nosso caso.
  • Ônibus: Seria nossa única opção se perdêssemos o metrô, o ônibus noturno chamado N9. É preciso comprar um Oyster e carregá-lo, pois não aceitam pagamentos em dinheiro nos ônibus. Pelo que pesquisei nesse link, ele pára em vários pontos até o centro de Londres.
Heathrow Express na estação de Paddington

Metrô + Oyster

Na correria para não perder o metrô de madrugada, acabamos colocando um valor pré pago e não o valor semanal. Se você for ficar mais de 6 dias, compensa pegar o Travelcard ilimitado por 7 dias, custa 32,40 libras para as zonas 1 e 2. Eu carreguei (top up) com 20 libras e tive que colocar mais 20 depois, que deu até o final, mas considerando que voltei do aeroporto, fui para Greenwich de barco e para a Watford Junction (para o tour do Harry Potter), acho que deu na mesma. Pra fazer o cartão custa 5 libras, mas eles te reembolsam quando você desabilita o cartão.

É um sistema super inteligente, mas um pouco complicado de entender: Os valores de cada viagem são de acordo com as zonas entre as quais você está transitando. As zonas mais baratas são as centrais, 1 e 2. O aeroporto fica na zona 6, por isso é mais caro. Você precisa passar o cartão quando entra no metrô e quando sai, assim ele calcula o quanto você viajou e faz a cobrança certa. Nesse link tem os valores semanais, mensais e anuais do metrô. Se você fizer como eu, vai ser cobrado conforme as viagens feitas, mas ele tem um teto diário e acima desse teto não é mais descontado. Caso você compre o Travelcard para as zonas 1 e 2 e for para algum lugar fora disso, vai precisar recarregar o valor avulso para essas viagens.

O branco no centro é a zona 1, o cinza ao redor a zona 2 e assim sucessivamente. O aeroporto está na zona 6.

O Oyster vale a pena porque a tarifa é mais cara (quase o dobro) se você pagar o valor separado por viagem. Além do metrô, o Oyster é usado nos ônibus e barcos.

Para saber qual linha pegar para chegar em cada lugar, o melhor app é o CittyMapper, que nos salvou muito lá, principalmente em Paris e Barcelona. Você coloca a sua localização e onde quer chegar e ele te dá opções pensando no preço, tempo etc. No começo ajudou muito em Londres, também para ensinar como pegar o ônibus. Quanto ao metrô, no segundo dia você pega a manha (ainda mais as pessoas acostumadas com metrô) e já consegue entender tudo sem precisar do app. 😉

Onde se hospedar

Dentro das zonas 1 e 2, acredito que qualquer lugar é uma boa localização, desde que seja perto de uma estação de metrô. Eu fiquei perto da estação de Queensway, no Hyde Park e chegava em qualquer um dos pontos turísticos bem rápido, Também fui a pé para Notting Hill e caminhar no parque. Não é tão perto, mas também caminhei até a Oxford Circus e South Kensington.

A vizinhança do nosso hostel, perto do Hyde Park

As regiões que mais gostei e penso em me hospedar na próxima vez que eu for para Londres será Covent Garden (amei muito esse bairro e vi dois TravelLodge lá, rs), Soho, Bloomsbury, Kensginton, South Kensington, Knightsbridge. A região que eu fiquei, de Bayswater e Paddington também é muito boa. Ou seja, todo lugar central, na minha opinião, é uma boa região, desde que tenha metrô perto.

Nesse link tem um post sobre os dois hostels que fiquei nessa viagem (inclusive esse de Londres que não gostei!). Fiz a reserva pelo Booking, e agora sou parceira afiliada deles. Você pode fazer sua reserva usando esse link (sem pagar nada a mais por isso) e fazer uma blogueira feliz, haha.

Melhor época

Fui no início de junho e acredito que escolhi o mês perfeito para conhecer Londres. Ainda não havia começado a alta temporada, das férias de verão. Nos falaram que a semana anterior fez frio, mas na nossa semana fez sol e dias quase quentes. Pegamos praticamente todos os dias de céu azul, eu não tenho nenhuma imagem de Londres cinza. 😀

Sem falar que anoitecia por volta das 22h, então conseguíamos aproveitar muito o dia ao ar livre e dificilmente voltamos ao hostel antes de escurecer, por isso acredito que o roteiro fica muito diferente no verão para o inverno, quando anoitece bem cedo.

Tirei essa foto por volta das 21h40 🙂

Quantos dias

Fiquei 5 dias inteiros, mas com 4 dias inteiros você consegue aproveitar as principais atrações, priorizando o que você quer mais conhecer. Se eu ficasse 10, ainda assim não conheceria tudo. Nesse post tem o roteiro que fiz e como eu sugiro. 🙂

Libras e quanto levar?

O que mais barrava essa viagem era o preço da libra. Acompanhava a cotação diariamente, e por mais que tenha baixado bastante desde que comecei a pesquisa, ainda troquei cada libra por R$ 5,60, o que foi bem pesado! Assim que voltamos, teve a votação do referendum da União Européia e a libra tem caído bastante.

Quanto aos gastos, fiz as contas de quanto teria de dinheiro e decidi que teria 25 libras por dia para gastar com a alimentação. Gastei no máximo 20 por dia, sem passar vontade de nada e sempre tendo uma refeição em restaurante por dia, o resto era lanche. Anotei tudo o que gastei e depois vou fazer um post contando. 😉 Mas em resumo, levei 300 libras e com esse dinheiro paguei alimentação e o hostel. O Oyster paguei no cartão de crédito.

Continuando a Eurotrip

Caso você precise voltar ao aeroporto, é só fazer o caminho contrário da chegada. Mas caso você continue a viagem por trem, é bem fácil também. De Londres eu fui para Paris pelo Eurotúnel, usando a Eurostar. Até fiz um post contando sobre a compra das passagens. O trem da Eurostar parte da estação St. Pancras, que fica ao lado da estação de King’s Cross (Harry Potter <3). Chegue com antecedência, pois ao contrário das outras estações na Europa, em Londres você passa pela imigração para registrar a saída e pode ter fila, além do raio-x que tem em todas (e a fila estava demorada no nosso dia).

St Pancras Station

O Viajapinha é parceiro do Booking, por isso, ao fazer a reserva da sua hospedagem por um de nossos links, você me ajuda a manter o blog, pois ganhamos uma pequena comissão, e você não paga a mais por isso:

@thaiskw

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