[Já coloquei no ar o post com os gastos em Londres, Paris, Bruxelas, Barcelona e todos juntos.]
Passagem
Compramos a passagem com cerca de 8 meses de antecedência (imagina a ansiedade!). Foi um voo da American Airlines (logo, com uma conexão mega cansativa nos Estados Unidos). Escolhemos essa passagem pelo preço, custou R$ 2.300 saindo de Florianópolis até Londres e voltando de Barcelona até Florianópolis. Na volta ainda tivemos um stop de um dia em Nova York <3, que vou contar outra hora. Mas essa passagem que não é voo direto só vale a pena se você for parar na cidade do caminho (foram dois voos com mais ou menos 9h de viagem cada), caso contrário, vale esperar uma promoção e pegar um voo direto. Lembrando também que voo com parada nos Estados Unidos você precisa ter o visto e passará pela imigração americana.
A chegada
Não é necessário visto para entrar como turista na Inglaterra, mas a autorização para entrada no país acontece na entrevista com a imigração, que é bem parecida com uma entrevista para o visto americano. Nos perguntaram quantos dias iríamos ficar, o que fazemos no Brasil, quem está pagando a viagem, quanto de dinheiro estávamos levando, que lugares iríamos visitar, se a estadia estava paga etc. Esteja preparado com documentos que confirmem as informações que você está dando, pois podem pedir.
Já passava da meia noite quando saímos da imigração. Pegamos as malas e seguimos as placas para encontrar o metrô. Lá não tem muito erro porque o aeroporto é o ponto final e só passa uma linha, a Picadilly Line. Eu estava um pouco preocupada pelo horário, por ser de madrugada, mas tinha bastante gente e pareceu ser muito tranquilo. A viagem total até nossa estacão levaria cerca de uma hora. Havíamos pesquisado sobre qual estação descer para trocar de linha, e nessa troca pedimos informação para um rapaz e ele nos disse que o metrô já estava parando (as linhas param por volta da 1h da manhã), mas que estávamos bem perto do hostel. Esse mesmo rapaz nos disse que podíamos pegar um ônibus e nos acompanhou até o ponto. Nos pontos de ônibus tem as linhas que passam e os horários, mas o que tínhamos que pegar também já tinha parado. Pegamos então um táxi, que custou 8 libras até o hostel, o que acabou sendo melhor, já que estávamos muito cansadas e com as malas.
Outras opções para sair do aeroporto:
Metrô + Oyster
Na correria para não perder o metrô de madrugada, acabamos colocando um valor pré pago e não o valor semanal. Se você for ficar mais de 6 dias, compensa pegar o Travelcard ilimitado por 7 dias, custa 32,40 libras para as zonas 1 e 2. Eu carreguei (top up) com 20 libras e tive que colocar mais 20 depois, que deu até o final, mas considerando que voltei do aeroporto, fui para Greenwich de barco e para a Watford Junction (para o tour do Harry Potter), acho que deu na mesma. Pra fazer o cartão custa 5 libras, mas eles te reembolsam quando você desabilita o cartão.
É um sistema super inteligente, mas um pouco complicado de entender: Os valores de cada viagem são de acordo com as zonas entre as quais você está transitando. As zonas mais baratas são as centrais, 1 e 2. O aeroporto fica na zona 6, por isso é mais caro. Você precisa passar o cartão quando entra no metrô e quando sai, assim ele calcula o quanto você viajou e faz a cobrança certa. Nesse link tem os valores semanais, mensais e anuais do metrô. Se você fizer como eu, vai ser cobrado conforme as viagens feitas, mas ele tem um teto diário e acima desse teto não é mais descontado. Caso você compre o Travelcard para as zonas 1 e 2 e for para algum lugar fora disso, vai precisar recarregar o valor avulso para essas viagens.
O Oyster vale a pena porque a tarifa é mais cara (quase o dobro) se você pagar o valor separado por viagem. Além do metrô, o Oyster é usado nos ônibus e barcos.
Para saber qual linha pegar para chegar em cada lugar, o melhor app é o CittyMapper, que nos salvou muito lá, principalmente em Paris e Barcelona. Você coloca a sua localização e onde quer chegar e ele te dá opções pensando no preço, tempo etc. No começo ajudou muito em Londres, também para ensinar como pegar o ônibus. Quanto ao metrô, no segundo dia você pega a manha (ainda mais as pessoas acostumadas com metrô) e já consegue entender tudo sem precisar do app. 😉
Onde se hospedar
Dentro das zonas 1 e 2, acredito que qualquer lugar é uma boa localização, desde que seja perto de uma estação de metrô. Eu fiquei perto da estação de Queensway, no Hyde Park e chegava em qualquer um dos pontos turísticos bem rápido, Também fui a pé para Notting Hill e caminhar no parque. Não é tão perto, mas também caminhei até a Oxford Circus e South Kensington.
As regiões que mais gostei e penso em me hospedar na próxima vez que eu for para Londres será Covent Garden (amei muito esse bairro e vi dois TravelLodge lá, rs), Soho, Bloomsbury, Kensginton, South Kensington, Knightsbridge. A região que eu fiquei, de Bayswater e Paddington também é muito boa. Ou seja, todo lugar central, na minha opinião, é uma boa região, desde que tenha metrô perto.
Nesse link tem um post sobre os dois hostels que fiquei nessa viagem (inclusive esse de Londres que não gostei!). Fiz a reserva pelo Booking, e agora sou parceira afiliada deles. Você pode fazer sua reserva usando esse link (sem pagar nada a mais por isso) e fazer uma blogueira feliz, haha.
Melhor época
Fui no início de junho e acredito que escolhi o mês perfeito para conhecer Londres. Ainda não havia começado a alta temporada, das férias de verão. Nos falaram que a semana anterior fez frio, mas na nossa semana fez sol e dias quase quentes. Pegamos praticamente todos os dias de céu azul, eu não tenho nenhuma imagem de Londres cinza. 😀
Sem falar que anoitecia por volta das 22h, então conseguíamos aproveitar muito o dia ao ar livre e dificilmente voltamos ao hostel antes de escurecer, por isso acredito que o roteiro fica muito diferente no verão para o inverno, quando anoitece bem cedo.
Quantos dias
Fiquei 5 dias inteiros, mas com 4 dias inteiros você consegue aproveitar as principais atrações, priorizando o que você quer mais conhecer. Se eu ficasse 10, ainda assim não conheceria tudo. Nesse post tem o roteiro que fiz e como eu sugiro. 🙂
Libras e quanto levar?
O que mais barrava essa viagem era o preço da libra. Acompanhava a cotação diariamente, e por mais que tenha baixado bastante desde que comecei a pesquisa, ainda troquei cada libra por R$ 5,60, o que foi bem pesado! Assim que voltamos, teve a votação do referendum da União Européia e a libra tem caído bastante.
Quanto aos gastos, fiz as contas de quanto teria de dinheiro e decidi que teria 25 libras por dia para gastar com a alimentação. Gastei no máximo 20 por dia, sem passar vontade de nada e sempre tendo uma refeição em restaurante por dia, o resto era lanche. Anotei tudo o que gastei e depois vou fazer um post contando. 😉 Mas em resumo, levei 300 libras e com esse dinheiro paguei alimentação e o hostel. O Oyster paguei no cartão de crédito.
Continuando a Eurotrip
Caso você precise voltar ao aeroporto, é só fazer o caminho contrário da chegada. Mas caso você continue a viagem por trem, é bem fácil também. De Londres eu fui para Paris pelo Eurotúnel, usando a Eurostar. Até fiz um post contando sobre a compra das passagens. O trem da Eurostar parte da estação St. Pancras, que fica ao lado da estação de King’s Cross (Harry Potter <3). Chegue com antecedência, pois ao contrário das outras estações na Europa, em Londres você passa pela imigração para registrar a saída e pode ter fila, além do raio-x que tem em todas (e a fila estava demorada no nosso dia).
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