Europa

Palácio de Versailles – O imperdível bate-volta de Paris

Durante nossos dias em Paris, reservamos um para conhecer o Palácio de Versailles (ou Versalhes), que é um dos maiores palácios mundo, foi casas de reis e rainhas e palco de grandes momentos históricos. Fica cerca de uma hora de distância do centro de Paris.

O Palácio

O palácio é considerado patrimônio da UNESCO há mais de 30 anos e foi o centro do poder do antigo regime da França por mais de 100 anos, de 1682 a 1789. Começou como casa de caça de Luis XIII, mas foi expandido por seu filho, Luis XIV, que transformou o palácio em um dos maiores e mais bonitos do mundo. Em 1682 a corte e o governo francês mudaram para lá e até a Revolução Francesa, em 1789, foi casa de três reis franceses. O palácio é um Museu da História da França desde o século XIX, quando a maioria das suas salas começou a expor diversas coleções de arte.

São muitos detalhes que é difícil prestar atenção.

Outro ponto sobre o Palácio, é que ele era a casa de uma corte enorme em uma França em que a população passava dificuldades. A corte era famosa pelas suas futilidades e ostentações, às custas de altos impostos cobrados do povo. Maria Antonieta dava muitas festas e financiava grupos de música e teatro para se apresentarem na corte e seu marido, enquanto Luís XVI não se envolvia na vida política e administrativa do país.

A visita no Palácio é carregada de história e acontecimentos. Essa galeria de espelhos abaixo, por exemplo, foi palco de muita festa ostentação, mas foi também o local da assinatura do Tratado de Versalhes em 1919, que pôs fim à Primeira Guerra Mundial.

The Hall of Mirrors

A visita começa por galerias de quadros, vídeos e maquetes que contam a história do palácio (são 11 salas assim no total). Depois vamos caminhando pelo quarto do rei, salão dos espelhos e outros quartos e salas do palácio. Tudo lindo, cheio de detalhes (e cheio de pessoas, haha).

Aí era quarto de algum rei, não lembro o qual, haha. Atenção para o teto!

O Jardim

O Jardim do Palácio é um dos mais famosos do mundo. Só o Grand Canal, eixo central do Jardim, tem cerca de 2km de comprimento. Andamos muito por lá, por isso recomenda-se um dia para a visita ao palácio, pois no Jardim precisa de um tempo extra.

Em 1661, Luís XIV encarregou André Le Notre para fazer o paisagismo do castelo, pois considerava os seus jardins tão importantes quanto o próprio castelo. Naquela semana, uma das partes mais conhecidas do jardim, ao lado do castelo, estava em fechado. 🙁

É lindo e tudo simétrico!
Aluguel de carrinho/bicicleta
Como o Jardim é imenso e cansa muito andar por lá, (principalmente se você estiver com idosos ou crianças). Uma das opções de locomoção é o aluguel do carrinho (daqueles de golf) por 32 euros/hora e precisa apresentar a carteira de motorista. Tem também um trenzinho, saindo do terraço norte e levando ao Petit e Grand Trianon, custa 7,80 euros ida e volta.
Eles também oferecem um tour comentado com o Segway, saindo do terraço sul e indo pelo Grand Canal. Custa 35 euros e dura uma hora.
Outro meio de transporte popular, é a bicicleta. Pelo que vi, tem pontos de retirada perto dos restaurantes ao lado do Grand Canal. Custa cerca de 7 euros por hora.
Também alugam os barcos do Grand Canal, mas esses não vi o preço.
Nós andamos a pé mesmo pois demoramos para encontrar o lugar que alugava as bicicletas, mas o dia não colaborou muito e choveu durante nosso passeio. Fomos para o Grand e Petit Trianon, mas perdemos bastante tempo nessa caminhada (cerca de 30 minutos de distância indo devagar do palácio).
Pelos muitos caminhos até o Petit Trianon

Grand Trianon

Em meios aos jardins (gigantescos) do palácio, fica o Grand Trianon, um palácio lindo de mármore rosa. Ele foi construído em 1670 para que o Luís XIV pudesse escapar das formalidades da vida na corte e também para ter mais privacidade com sua amante, Madame de Montespan. Também hospedou sua cunhada Princess Palatine, seu genro, o duque de Chartres e sua filha, a duquesa de Bourbon. Após a Revolução Francesa, o Grand Trianon foi reformado por Napoleão Bonaparte, que ficou lá com sua segunda esposa, Marie Louise. Em 1963, foi novamente reformado, agora por Charles de Gaulle, para que fosse a casa presidencial.
Tanto o Grand como o Petit Trianon só abrem após às 12h e são bem mais tranquilos e com poucas pessoas visitando.
Galeria dos espelhos do Grand Trianon
Olha o famoso mármore rosa
Petit Trianon (Domaine de Marie Antoniete)
Também em meio aos jardins, perto do Grand Trianon, o Petit Trianon foi originalmente construído para ser um lugar privado para Luís XV e Madame de Pompadour. Em 1774, foi dado à Maria Antonieta por Luis XVI, e lá era o lugar preferido dela, onde construiu uma corte paralela, onde promovia encontros, festas e concertos. Tem até um mini teatro que podemos ver por fora. Anos mais tarde, foi reformado por Pauline Borghese, irmã de Napoleão.
O Duque de Orleans e sua esposa também já moraram lá.
Queen’s Room – Maria Antonieta ocupou esse quarto de 1777 a 1789!
Jardim do Petit Trianon
Onde comer
Nossa ideia não era almoçar lá, mas olhamos alguns cardápios e vimos que os valores eram parecidos com os praticados pelos restaurantes em Paris. Como já era perto das 14h, achamos um restaurante simpático e comemos lá. Se chama La Flotille e fica ao lado do Grand Canal, bem no início. Tem uma parte externa com vista para o lago, ambiente super agradável. Comi um macarrão a carbonara muito bem feito (por 14 euros) e minha irmã comeu um Croque Monsieur (por 12 euros) que também estava muito bom. Tinha outra opção de restaurante e quiosques de lanches e snacks pelo caminho, tinham alguns dentro do palácio mais caros, mas de maneira geral não achei muito diferente de Paris (que é caro, haha!)
Pensa em um clima bom!
Melhor carbonara
O restaurante tem dois lados, eu fiquei no outro, que fica de frente para o lago. 😉

Como chegar

A estação de trem mais próxima é a Gare de Versailles – Château Rive Gauche, dali você caminha só mais umas três quadras. Pegamos o RER C5. Você pode pegar essa linha em várias estações, nós pegamos na Saint Michel – Notre Dame, mas também tem no Musée d’Orsay, Invalides, Pont d’Alma, Champs de Mars Tour Eiffel. Confira no app do CityMapper! Foi bem barato (comparado com outros passeios), 3,55 euros cada trecho, compramos a ida e a volta na máquina da estação mesmo, já tinha a opção de Versailles na própria máquina. Ainda não sei onde foi o erro, mas entramos em um trem que não tinha como estação final a Chatêau Rive Gauche. Um passageiro nos avisou em inglês que era a estação final e precisaríamos descer, nossa cara de turista entregou eu acho, haha. Mas ele foi muito simpático e nos mostrou onde pegar o trem que iria até Versailles, estávamos bem pertinho, mas tivemos que comprar outro bilhete.

Melhor dia para visita

O palácio, Grand Trianon e Petit Trianon ficam fechados nas segundas-feiras (somente o Jardim fica aberto). Finais de semana é super cheio e nas terças, por não abrir e segunda e por muitos museus em Paris estarem fechados nesse dia, também costuma ser bem lotado. Eu fui em uma quarta-feira e estava muito cheio. Pegamos uma fila enorme, mas não esperamos mais do que meia hora para entrar, já que a fila da bilheteria é separada. Essa fila para entrar se forma por causa do raio X e revista para entrar no palácio.

Olha essa fila! Isso que fomos em um dia considerado de baixo movimento.

Visitamos em uma quarta-feira, estava bem cheio, mas dizem que aos finais de semana é ainda pior. O palácio fecha nas segundas e por isso nas terças também costuma estar bem cheio.

Nas terças e finais de semana de abril a outubro, a administração do palácio promove o Musical Fountain Show, um espetáculo envolvendo as fontes de todos os jardins. A entrada deve ser comprada junto com o bilhete do palácio.

Quanto custa
O valor para entrar no palácio é 15 euros e para o Grand e Petit Trianon é mais 10 euros. O passaporte que dá direito a tudo custa 25 euros, a diferença deve ser por comprar tudo junto. Nós usamos o Paris Museum Pass, que já valeu a pena, mas não corta filas. 
(O post com TODOS os nossos gastos na Europa já está quase pronto. Já tem Londres e Paris.)
Para voltar, já deixe o seu bilhete de trem comprado, pois pode ter fila.
(O post com TODOS os nossos gastos na Europa já está quase pronto. Já tem Londres e Paris.)
A visita é incrível e vale muito a pena, mas reserve o dia todo. Nós saímos cedo e planejávamos voltar logo após o almoço, o que não aconteceu.
No total, esse passeio custa cerca de 52 euros (trem+almoço+entrada).
Vai para Paris? Reserve seu hotel pelo link:
@thaiskw

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