A cidade de Ametista do Sul tem pouco mais de 7 mil habitantes e é considerada a capital mundial da pedra ametista. Isso porque tem a maior concentração dessa pedra no mundo e se desenvolveu por meio da extração do mineral. A exploração da pedra ametista tem mais de 100 anos e teve seu auge entre as décadas de 70 e 80, quando se tornou a principal atividade econônomica da região. Já o turismo na cidade é bem recente, começou com a criação das primeiras atrações após os anos 2000.
Foi emancipada e fundada como Ametista do Sul em 1992, antes era o distrito de São Gabriel, pertencente a cidade de Iraí.
A cidade de Ametista do Sul fica no norte do Rio Grande do Sul, próxima à cidade de Chapecó em Santa Catarina. Por aqui, saímos de Lages, SC, fomos de carro até Chapecó, onde dormimos e saímos cedinho na manhã seguinte. Indo direto, são pouco mais de 6 horas de estrada até Ametista do Sul.
Para quem vem de avião, o aeroporto de Chapecó também é o mais próximo de Ametista do Sul e tem voos vindos de São Paulo ou Florianópolis.
Chegamos por volta das 9h da manhã em Ametista do Sul e o dia rendeu muito, fomos em todos os lugares que queríamos. Vou listar aqui como foi e deixar a dica de outras atrações também:
Nossa primeira parada foi o Ametista Parque Museu, uma atração que te dá as primeiras informações para entender tudo sobre a pedra ametista.
Para entrar no parque, paga R$ 40 por pessoa (só aceita pix ou dinheiro). Em seguida, já fomos encaminhados para a primeira atração, um passeio em um carrinho por dentro das minas. Ali, o guia mostra como as pedras são encontradas (dentro dos geodos) e como eles fazem a extração. Não pode sair do carrinho por questão de segurança e esse passeio é bem rápido, cerca de 15 minutos.
Saindo dali, passamos no restaurante Garimpo para deixar nossa reserva para o almoço feita, mas falo mais sobre o restaurante a seguir.
Estava um dia lindo, então tomamos um caldo de cana e aproveitamos o sol com a vista para o mirante. Depois, fomos para o Museu do Parque.
O Museu é ótimo para entender sobre os diferentes tipos de minerais, seu valor e até ver a maior e mais valiosa pedra ametista já encontrada. Lá fomos guiados pela Rita, que sabia tudo sobre o assunto, foi muito legal. Apesar de o Museu não ser muito grande, se você for curioso, a visita chega a durar quase uma hora. Foi muito legal!
Na saída do museu, na parte dentro da mina tem algumas lojinhas: de vinho, de chocolate e uma de queijos. Na de chocolate e de queijos provamos um pouquinho e gostamos tanto que levamos. A ‘amarula’ com leite de ovelha é maravilhosa, provem!
Ainda antes de sair, tem um espaço com lojas de jóias e decorações com vários tipos de pedras, mas claro, a mais popular é a de ametista. Não comprei nada porque era nossa primeira parada, mas foi aqui que achei as peças mais bonitas e não acho que o preço estava tão diferente dos outros lugares que fomos (até porque, tem para todos os bolsos).
Acabamos toda a programação por volta das 11h e o restaurante abria às 11h30. Então já fomos para lá pra esperar e eu fazer algumas fotos e vídeos (não perca o vídeo lá no canal :P).
O restaurante é lindo, dentro da mina, com todas as mesas com pedras embaixo. O atendimento é excelente e a comida a melhor que experimentamos na cidade. Custou R$ 98 por pessoa, é buffet livre e com sobremesas liberadas. O cardápio é bem variado, com bastante salada e carnes. Pra mim, o melhor foram os risotos, maravilhosos!. Nós achamos que valeu muito a pena. Apesar do local ser bem grande, não esqueça de reservar, pode encher ou você pegar alguma espera, tinham muitas excursões nesse dia que fomos, que era um sábado.
Depois de almoçar, passamos no nosso hotel, mas como ainda estava cedo decidimos ir para mais um passeio, o Geoparque Subterrâneo. É só colocar no Maps que você encontra tudo facilmente e de carro, é tudo muito perto.
No Geoparque subterrâneo você paga por passeio (vou deixar a foto embaixo) e nós compramos o combo de três passeios por R$ 50. Foi o Museu de Mineralogia, onde vimos um vídeo rápido que fala sobre as teorias da origem da pedra ametista e depois você pode olhar as pedras com uma lupa, pegar, passar a mão.
Em seguida, fomos para o outro passeio, que é o Museu do Garimpo, onde o guia explica a história da extração, a evolução dos equipamentos utilizados etc e depois vemos uma simulação de detonação. É bem interessante e achamos que se completa com a visita da manhã, porque são diferentes. Aqui, achamos que o diferencial foi o nosso guia, Marcelo, que explicou tudo com muita atenção e bom-humor.
O Geoparque Subterrâneo tem menos estrutura que o Parque Museu, é bem mais simples, mas ainda assim gostamos muito dessa visita, nos ensinou coisas diferentes. A única coisa que não gostamos e que deixou a visita um pouco estranha, foi que antes de entrar no primeiro museu de mineralogia, no caminho dentro da mina tem umas meninas vendendo alguns souvenires e você meio que é obrigada a passar por ali e ouvir esse pitch de vendas, achei essa parte desconfortável e meio fora de contexto.
Saindo do Geoparque, fomos para a pracinha central da cidade, onde fica a Paróquia São Gabriel. É uma igreja que tem as paredes do interior revestidas com mais de 40 toneladas de pedra ametista, é lindo! E tudo isso foi feito por iniciativa do Padre Gilberto e com a colaboração da comunidade, que apoiou doando as pedras. Além disso, a igreja tem pinturas muito bonitas, feitas por um pai e filho de Santa Catarina. Não paga nada para entrar, mas paga R$ 5 se você quiser fazer fotos e vídeos (eu paguei pra poder mostrar aqui). É aqui na igreja que você compra o ingresso para subir na torre.
Essa torre foi inaugurada em setembro de 2023 e ainda não está totalmente pronta. São 70 metros de altura, o equivalente a um prédio de 23 andares. Na cidade não tem prédios maiores de cinco andares (na verdade, mal se vê maiores que três), por causa da atividade das minas. Para essa torre ser construída, não tem atividade de extração de ametista nessa quadra. É muito legal porque dá pra ver a cidade toda lá do alto. Custa R$ 10 e a subida é por elevador, só o último lance de escadas é a pé.
Na pracinha da cidade, bem em frente à Igreja, fica a Pirâmide Esotérica, um local para meditação, que acredita-se que tem um poder energético. Não tem nada mais lá, só a pirâmide para ver mesmo. Em frente, fica o letreiro da cidade, Eu <3 Ametista.
Antes de ir eu tinha lido que o Shopping das Pedras era o melhor lugar para comprar peça com um preço bom na cidade. De fato, tem muitas lojinhas e opções lá dentro, mas eu ainda gostei mais das peças que vi no Parque Museu. Acabou que não comprei nada, o brinco que amei estava bem acima do meu orçamento, haha.
Depois, voltamos para o nosso hotel, no Complexo Belvedere. Lá tem muitas atrações, como a piscina subterrânea (principal motivo de eu ter escolhido me hospedar lá), restaurante subterrâneo (assim como no Parque Museu e no GeoParque), visita às minas em atividade, boliche, lojas. No verão tem também um parque aquático, que vou mostrar nas fotos abaixo.
Decidimos não ir na visita às minas daqui porque já tínhamos ido nas outras e achamos que estava bom, haha. Mas é aqui que fica aquela pedra famosa, que as pessoas podem ‘entrar’/sentar para tirar fotos. Jantamos no boliche e encerramos nosso dia. 🙂
Como comentei acima, nos hospedamos no Belvedere Mina, por causa da piscina subterrânea. Custou R$ 200 por pessoa no chalé. Caso não se hospede lá, pode comprar o day use da piscina separado, mas acabei não perguntando o valor.
Sobre nossa hospedagem, minha opinião sincera: ficamos no chalé, que não tem a logística muito boa pra ir no prédio principal onde ficam as atrações, ou precisa subir um morrinho íngreme não muito amigável para pedestres, ou ir de carro. Nós pegamos o carro todas as vezes. Além disso, estava um dos dias mais frios do ano e o ar condicionado do chalé não vencia esquentar, passei frio à noite 🙁 e o chuveiro do chalé também não era muito bom. Acho que nossa experiência teria sido melhor se ficássemos em um apartamento no prédio principal (ou no verão, se fôssemos usar o parque aquático).
Já o café da manhã: maravilhoso! Achamos a comida boa e muita variedade, foi um dos pontos altos da nossa hospedagem.
Vou deixar aqui outras opções de hospedagem na cidade que eu tinha visto, mas lembre-se que é uma cidade pequena e em desenvolvimento no turismo, então as opções são na maioria pousadas mais simples ou apartamentos, mas os preços são bons:
Amestita do Sul está em plano crescimento no setor turístico e a cada ano surgem novas atrações. Na minha lista de lugares para visitar, tem outros dois que foram bem recomendados e acabamos não indo:
Das atrações que vão além dops minerais, o Museu do Bambu fala sobre essa planta, mostra objetos confeccionados com bambu. Se tivéssemos mais um tempinho, eu teria ido porque lendo as avaliações do Trip Advisor parece ser um lugar muito interessante.
Na Vinícola Ametista os vinhos ficam armazenados em minas subterrâneas a 300m de profundidade, com temperatura e umidade consideradas excelentes para a maturação. É possível fazer o tour com degustação por R$ 25 por pessoa. Também é muito elogiado e recomendado, se eu ficasse mais um dia, com certeza iríamos.
Foi só um final de semana em função dessa viagem, mas como a cidade é longe, tivemos só um dia inteiro para aproveitar, no dia seguinte tomamos café da manhã, aproveitamos a piscina e já partimos de volta para casa. Mesmo assim, amamos conhecer e recomendo demais a visita, especialmente para quem mora em cidades mais próximas. Com certeza voltaremos. 🙂
Aqui embaixo o vídeo que fiz desse dia, deixe seu like e me segue no canal!
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