Ásia

Como chegar no Templo Branco em Chiang Rai – Tailândia

No post do roteiro, comentei sobre como foi um quebra-cabeça encaixar tudo o que queríamos ver em poucos dias de viagem. A Tailândia (e toda a Ásia), tem muita coisa bonita para ver. Nessa pesquisa sobre os lugares, abrimos mão de alguns, mas queríamos muito ir ver de perto o Templo Branco, (ou Wat Rong Khun) em Chiang Rai, cidade que fica cerca de 3 horas de distância de Chiang Mai. Nesse post vou explicar como fizemos, já que foi uma maneira que até então eu não tinha visto em nenhum lugar:

[Quando eu fui para a Tailândia em 2017, acabei contratando todos os serviços separados quando cheguei lá (Você vai ver o perrengue que passamos em alguns momentos nesse post, haha). Mas hoje sou parceira de uma agência de lá (mas de brasileiros), chamada Tailandiando. Você pode sair do Brasil com todos os seus passeios contratados e ter a facilidade de um guia que fala português. Clique aqui para conferir todos os tous que eles oferecem. 🙂 ]

Como chegar em Chiang Rai

Confesso que essa foi a parte da viagem que eu estava mais apreensiva. Normalmente eu deixo tudo bem planejado, principalmente esses traslados, mas como não achei muita informação na internet sobre como planejávamos fazer, fomos chegando e decidindo na hora. No fim deu tudo certo e a maneira que fizemos foi ótima, com pequenos percalços, haha.

A maioria das pessoas visita o Templo Branco com excursões vindas de Chiang Mai, e esses passeios normalmente incluem visitas ao Tiger Kingdom e à vila das Mulheres-Girafa, passeios que depois de muita pesquisa, decidimos não ir, por isso eliminamos a ideia de excursão. (Pesquise sobre esses passeios antes da viagem e tire a sua conclusão, mas pesquise!). Recomendo essa reportagem, antiga mas explicativa, sobre a vila das mulheres-girafa.

Outra opção seria chegar direto em Chiang Mai e de lá achar um taxista que fizesse um bate-volta até Chiang Rai. Li sobre o relato de algumas pessoas que fizeram isso e acredito ser bem fácil encontrar taxistas que façam esse passeio por lá. Sugiro que caso você faça assim, peça uma recomendação no hotel, para ir com um motorista mais confiável. Imagino que o valor deva ser por volta de 3000 baht (R$ 300) por carro.

Para nós, a solução que mais otimizava tempo e dinheiro foi ir para Chiang Rai direto de Bangkok. Após nossos 3 dias em Bangkok, pegamos um voo da Air Asia por menos de R$ 100. Compramos um voo bem cedo, que saía antes das 8h da manhã e pouco depois das 9h já estávamos em Chiang Rai. (Importante: o voo era 7h50, mas saímos do hotel antes das 5h, o congestionamento em Bangkok não pára nunca, sério!)

O aeroporto de Chiang Rai é bem pequenininho, mas um dos mais fofos que já vi (empata com o de Koh Samui em fofurice, haha). Já no desembarque, perguntamos em um serviço de transporte quanto custava até o Templo Branco e nos passaram o valor de 1000 baht. Como a lição aprendida número 1 é não pegar esses serviços sem perguntar pelos outros, fomos até a frente do aeroporto e perguntamos ao taxista quanto sairia até o templo parando na rodoviária da cidade para deixarmos as malas. Custou 200 baht e aqui começa uma pequena confusão que se soubéssemos melhor poderíamos ter economizado.

Aeroporto de Chiang Rai, olha que lindas essas orquídeas na esteira de bagagem!

Do aeroporto à “rodoviária” levou uns 20 minutos. O taxista nos levou ao terminal central e gente, que susto. Era só um terreno bem empoeirado, com várias barraquinhas vendendo passagem e umas cadeiras embaixo de umas tendas bem precárias. Claramente não teríamos onde deixar as malas. Perguntamos e apontaram pra outra barraquinha, mas não confiamos. Fiquei nervosa e não lembrei nem de tirar fotos, haha. Agora não parece tão desesperador, mas na hora foi porque não sabíamos bem o que fazer. Perguntamos e o taxista não falava inglês direito, mas entendeu que queríamos chegar à outra rodoviária. Arriscamos, pois pelo que tínhamos lido, essa que estávamos era a central. Depois entendemos: Esse espaço é provisório (mas pelo jeito vai mais de um ano assim ainda), tem uma construção grande na esquina do lado e lá é onde será a rodoviária, mas não sabíamos se os ônibus estariam saindo da outra e fomos mesmo assim. Esse taxista nos cobrou mais 200 baht e chegando lá disse que não podia esperar.

Só lembrei de tirar essa foto quando estávamos saindo de lá. Essa é a rodoviária central provisoriamente.

Essa outra rodoviária sim, era bem mais ajeitada. Não achamos guarda volumes para as malas, mas encontramos um taxista que nos levaria ao Templo Branco, iria nos esperar e trazer de volta à rodoviária por outros 400 baht. Na verdade tinham vários taxistas e todos estavam negociando o preço.

Compramos a passagem de ônibus para Chiang Mai por 166 baht (uns R$ 16), de primeira classe pela Green Bus para às 14h (no site tem os horários). Tentamos pegar o VIP, que era um pouco mais (225 se não me engano), mas ele estava lotado e era uma hora mais tarde. Tinha também de segunda classe, mas a diferença de preço era pequena, então ficamos com o de primeira mesmo. Tem ônibus para Chiang Mai quase de que de hora em hora, mas não em todas as classes.

Guichê da Green Bus na rodoviária de Chiang Rai

Em seguida fomos com o taxista e acho que não precisaríamos passar na rodoviária se encontrássemos um taxista que ficasse com nossas malas no carro desde o aeroporto (tem que confiar, haha).  Ou talvez precisasse para garantir as passagens, nosso ônibus foi praticamente cheio. Esse mesmo taxista nos disse que poderia nos levar até Chiang Mai por 2000 bath, mas já tínhamos comprado as passagens e eu achava mais tranquilo ir de ônibus mesmo.

De qualquer maneira, no Templo Branco tem um espaço para guardar bagagens, se soubesse disso, acho que teríamos ido direto para lá mesmo assim e economizado tempo, ou seja, estou confusa até agora, haha.

Atualização 1: O Breno Guerreiro esteve em Chiang Rai em novembro de 2019 e fez esse mesmo esquema de chegar lá de Bangkok. Ele pagou 600 baht pelo Grab (Uber de lá) que ficou com ele durante todo o passeio até ir para a rodoviária pegar o ônibus para Chiang Mai.

Atualização 2: O Breno disse que esse lugar para bagagens não está em funcionamento. Na rodoviária disseram que tinha um lugar para deixar as malas e custava 20baht por mala.

Ou seja, a melhor opção é chamar um carro (pelo Grab ou negociar o valor do táxi), ficar com o motorista e passar na rodoviária pra comprar a passagem. Acho melhor garantir porque as passagens podem esgotar.

Lugar no templo branco para deixar bagagens. Fica atrás do banheiro.

Minha recomendação caso você faça como fizemos é achar um taxista no aeroporto mesmo que leve até o Templo, espere com as malas no carro e depois deixe você na rodoviária, que não deve sair mais do que 400 baht também. Essa de os taxistas levar até determinado lugar e ficar esperando é bem comum por lá, no primeiro eu apressei com medo de ser deixada, haha. E também deixe para pagar na volta, assim não tem risco de ele receber e ir embora.

O Templo Branco

Esse templo é mesmo maravilhoso e valeu a pequena dificuldade. Ele é ainda mais bonito por todos os significados que fui descobrindo ao longo do caminho e vou compartilhar aqui.

O templo é bem recente em relação aos outros do país. Sua construção começou em 1997, pelo artista tailandês Chalermchai Kositpipat que é budista, mas está passa os ensinamentos da religião de uma forma diferente e moderna. O templo todo é cheio de simbologias. Já pelo lado de fora vemos os cones assim caveira.

O Templo Branco significa a pureza do Buda e os vários pedaços de espelho ao redor significam sua sabedoria e reflexão na terra e no universo. Para chegar no templo, é preciso passar por uma ponte com mãos (olhem na foto), que simbolizam a morte e o renascimento antes de entrar no reino do Buda. Simboliza que para alcançar o nirvana e o céu, é preciso passar pelo sofrimento. Muito interessante, né?

Essas mãos são na ponte, para entrar no templo.

A maior parte das mensagens do templo, diz a respeito de fugir de tentações, como ganância, desejo e paixões e caminhar em direção aos ensinamentos do Buda.

Dentro do templo não é permitido tirar fotos. O altar é muito bonito, mas o que chama atenção são os desenhos na parede da entrada, onde tem vários super heróis, o Harry Potter, Star Wars, Michael Jackson e muitos outros personagens e celebridades conhecidos. Pelo que entendi, eles simbolizam as distrações do mundo moderno desse foco nos ensinamentos do Buda.

O banheiro é todo dourado e se destaca no meio da construção toda branca. Esse edifício significa o corpo enquanto o templo significa a mente. O ouro representa desejos e dinheiro e passa a mensagem de buscar o mérito e focar na mente, ao invés de posses materiais.

Banheiro

O templo tem previsão de conclusão somente em 2070 e terá 9 edifícios, entre salas de meditação, galerias de arte e o espaço dos monges.

Um dos espaços em construção.

Ônibus para Chiang Mai

A companhia de ônibus que compramos foi a Green Bus e uma das mulheres do guichê falava um inglês muito bom (o que não era muito comum na Tailândia, rs). Como a ida para o templo foi mais rápida do que imaginávamos, tivemos que esperar cerca de 2 horas na rodoviária pelo ônibus que compramos. Tentamos trocar, mas as trocas só podem ser feitas com pelo menos 3 horas antes da viagem, então o jeito foi esperar mesmo. A rodoviária é pequena, mas tem banheiros e uns dois lugares para comprar comidas.

O ônibus foi pontual e acho q a diferença da primeira para a segunda classe talvez seja o espaço entre as poltronas e um pequeno serviço de água e snacks, tipo avião.

Nosso serviço de bordo, rs. Mais as toalhinhas umedecidas que entregam em todo lugar!

O caminho todo até Chiang Mai é cheio de curvas, quase não dá pra dormir. Mas antes das 17h estávamos lá. Pegamos um táxi na rodoviária para o nosso hotel por 200 baht.

Sobre o Templo Branco:

Entrada: 50 baht por pessoa, compramos na hora mesmo.

Vestimenta: Apesar de ser um templo diferente, aqui se aplica as mesmas regras que os outros templos: Ombros e joelhos cobertos.

Horários: 8h da manhã às 18h (se for perto desses horários, confira, pois podem mudar). Nós chegamos antes das 10h da manhã e estava quase vazio. Na hora que fomos embora, logo depois das 11h, haviam vários grupos chegando e a entrada estava lotada. Por isso, se possível, chegue cedo. 😉 Dizem que o por do sol é lindo, se alguém for, me conta depois.

Compare essa foto com a primeira, que foi a hora que chegamos.

O Viajapinha é parceiro do Booking, por isso, ao fazer a reserva da sua hospedagem por um de nossos links, você me ajuda a manter o blog, pois ganhamos uma pequena comissão, e você não paga a mais por isso:

@thaiskw

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  • Queria só te agradecer pelo roteiro, tenho lido bastante e não tinha visto em nenhum lugar essa sugestão sua.

    • Oi Breno, que bom que te ajudou! Eu tmabém tive muita dificuldade quando estava pesquisando esse trajeto, no fim deu tudo certo e é um lugar imperdível! Boa viagem ;)

      • Ei, voltei para dar um feedback para você. Estou sentado na rodoviária de Chiang Rai nesse momento esperando para ir pra Chiang Mai.

        No templo branco ainda tem esse local de bagagem que você mostrou na foto, mas pelo visto não funciona. Não tinha ninguém lá e olhando pelo vidro estavam várias coisas amontoadas dentro.

        Na rodoviária tem uma placa na entrada do banheiro com "left luggage" também, do lado esquerdo da GreenBus. Perguntei para a pessoa que estava na mesa e ela só respondeu "20 baht. One bag, 20 baht" rsrs. Não consegui nenhum outro detalhe e nem ver efetivamente onde a mala fica. Mas enfim, existe essa opção, talvez colocando tudo de valor numa mochila para carregar e deixar a mala só com roupas na rodoviária.

        Nossa solução foi semelhante a sua. Pegamos um motorista pelo Grab (=uber) e depois de muita mimica e Google Tradutor ele topou encerrar a corrida pelo aplicativo e deu um preço 600baht para andar conosco aqui.
        Ele inclusive entrou nos templos também e ficou tirando foto nossa e tentando explicar os significados das imagens nos templos, numa mistura de tailandes com um pouquinho de ingles e muitos gestos rsrsrsrs.

        Sua sugestão de vir direto pra Rai de Bangkok foi ótima, não poderia ter sido melhor.

        • Oi Breno, tudo bem? Fiquei muito feliz mesmo com o seu feedback! Vou atualizar o post com as informações que você trouxe, vai ajudar muito!
          Realmente a comunicação foi a parte mais difícil pra gente também, rs. Você foi na rodoviária nova? Quando eu fui tinha uma grande em construção, eu fui por uma bem pequena. Muito legal seu depoimento sobre o Grab. Quando eu fui ainda não tinha (ou pelo menos eu não conhecia).
          Muito obrigada! Abraços e boa continuação de viagem. A Tailândia é incrível né?

          • Estamos impressionados com essa viagem, superando as expectativas. Já está batendo aquela pontinha de tristeza por serem nossos últimos dias aqui.Estou te escrevendo agora do ferry de Krabi para Phi Phi, nossa última parada.

            Não tenho certeza qual rodoviária fomos em Rai, se é a mesma que você foi, mas ela parecia nova e é bem no centro da cidade (terminal 1). Interessante que de lá saem ônibus para o templo branco por 20 baht (tenho uma foto da tabela de horários, se você quiser me mande um direct no insta que te encaminho).

            Mais uma coisa, como você disse as passagens para o ônibus VIP da Greenbus estavam esgotadas, mas tínhamos comprado antecipadamente. A estrada entre Rai e Mai está com alguns pontos em obras, mas nada que tenha atrasado muito a viagem.

            Voltando ao Grab, ele é muito bom e sai mais barato que o tuktuk.
            Não conseguimos inserir nem cartões visa nem master no aplicativo, parece que só aceitam cartões emitidos na Tailândia, mas o pagamento pode ser feito em dinheiro.

  • Olá, obrigada pelas dicas!! Não encontrava esse tipo de informação em nenhum lugar com esse trajeto. Farei o mesmo, porém, ao contrário, sairei de Chiang não,verei Templo branco e de lá irei pegar um voo para bangkok. Preciso comprar minha passagem mas estou em dúvida sobre quanto tempo devo dedicar dentro do templo e no deslocamento até o aeroporto. Poderia me ajudar ?obrigada :)

    • Oi Beatriz, tudo bem? Que bom que o post te ajudou, na época também não encontrei nada, fui na sorte mesmo, haha.
      No templo nós ficamos cerca de 1h30, tirando fotos e olhando tudo com calma. Tem também um museu na frente sobre o artista que construiu o templo, mas nós não fomos. Mas depende também da hora que você chegar lá, nós chegamos por volta das 9h da manhã e estava quase vazio, por isso conseguimos ver tudo rápido. Na hora que estávamos saindo, pelas 11h, já estava lotado, aí acaba levando mais tempo pra ver tudo e conseguir tirar fotos boas. Na frente tem um local com lanchonetes e lojinhas de souvenires que foi onde almoçamos.
      Até o aeroporto não é longe não, no máximo 30 minutos do templo. Como a cidade é pequena, não tem trânsito. O aeroporto também é bem pequeno, então acho que vai ser bem tranquilo se achar por lá. ;)
      Se tiver mais dúvidas só me perguntar aqui. Segue também o instagram do blog @viajapinha.
      Boa viagem! Abraços, Thaís

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