[Roteiro completo: 15 dias de carro entre Portugal e Espanha]
[4 dias em Lisboa – nosso roteiro]
Pegamos o trem na Estação do Rossio e custou 5,10 euros o ticket pra ida e volta. Os trens saem a cada 10 minutos e levam cerca de 40 minutos para chegar em Sintra e como não era nem 9h da manhã, estava bem vazio.
Já havia lido algumas dicas sobre Sintra e depois de conhecer posso reforçar com a minha opinião: não vale a pena ir pra Sintra de carro, mesmo que você esteja com um em Lisboa. Na época que fomos a cidade não estava cheia, mas dizem que na alta temporada não tem nem onde estacionar. Além disso, pra chegar nos principais pontos, na subida do morro, é bem estreito e com muitas curvas, não acho que vale o incômodo já que andar a pé e de ônibus é bem fácil e é muito tranquilo chegar na cidade de trem.
(Na verdade, depois li nos site oficiais que carros particulares não são permitidos perto dos castelos como o de Pena, será necessário mesmo assim comprar um transporte público).
Chegando lá, fomos abordados por uns brasileiros bem insistentes tentando nos vender passeios (até intimidadores tamanha a insistência, nos seguiram por várias quadras mesmo a gente dizendo que não tinha nenhum interesse). Passado isso, andamos um pouco até a praça e decidimos comprar o ônibus que sobe o morro para o Palácio da Pena e para o Castelo dos Mouros, custava 3,95 euros o trecho ou 6,90 a ida e a volta. Existe também uma modalidade que custa 11 euros e você anda de ônibus de maneira ilimitada, que acho que pode valer a pena se você fizer vários passeios. Nós compramos só um trecho e conto mais pra frente como fizemos, mas também fizemos Sintra com mais calma e sem pressa pra ir em várias atrações.
Pegamos o ônibus 434 (pode ser também o 435) e descemos no último ponto da subida do morro, no Palácio da Pena. Decidimos conhecer somente um lugar pago dessa vez e o Palácio foi nosso eleito (achei uma excelente escolha). Custou 14 euros e dá direito a entrada no parque da Pena e no Palácio.
Compramos na hora porque fomos no inverno e o local não estava nem um pouco cheio. Mas pelo que li, agora é preciso comprar o ingresso com antecedência, já marcando a data e a hora da visita (e reforçam que o horário é o de entrada no Palácio, então considere o deslocamento até lá em cima). Tem todas as instruções no site do Palácio da Pena.
O Palácio é lindo! Foi construído no século XII como Mosteiro onde antigamente era uma capela dedicada a Nossa Senhora da Pena. Foi destruído no terremoto que abalou a região de Lisboa em 1755, mas ainda usado até 1834, quando as ordens religiosas foram banidas de Portugal. Em 1836 a Rainha Maria II casou-se com o rei consorte Fernando II (que era cunhado de Dom Pedro II), ele adquiriu algumas propriedades em Sintra e reformou o Palácio para ser sua casa de verão. O Rei Fernando II era considerado um dos homens mais cultos do século XIX, falava sete idiomas e teve uma educação profunda nas artes, especialmente desenho e música. Essa conexão com as artes fez dele um admirador, artista, mecenas e colecionador e por isso era chamado de Rei-Artista. Eu adorei isso porque no Palácio tem algumas obras dele em exposição. Depois do Rei Fernando II, o Palácio foi residência de outros quatro reis de Portugal, incluindo o Rei Carlos I e Manuel II.
Como toda essa história é muito recente e desde a reforma foi residência real, tudo lá dentro está muito bem conservado e muita coisa ainda é original.
O Palácio da Pena foi classificado como Monumento Nacional de Portugal em 1910 e Patrimônio da UNESCO desde 1995. Tem mais sobre a história do Palácio aqui.
Na saída do Palácio tem uma pequena lanchonete que vende lanches, bebidas e etc, achei caro, mas comprei uns salgados pra segurar a fome até embaixo.
Incluso no ingresso também é possível visitar o Chalé da Condessa de Edla (como era chamada Elise Hensler, a segunda esposa do Rei Fernando II) que fica no parque da Pena.
Depois de visitarmos esse Palácio, descemos todo o morro a pé por uma trilha! Ideia da minha prima que já havia feito esse passeio e foi muito legal. Perto da bilheteria do Castelo dos Mouros (menos de 1km do Palácio, pedimos informação pra irmos na direção certa, kkk), tem uma entrada para essa trilha. É toda calçada, no meio das árvores, realmente muito gostoso de fazer essa caminhada. Achei apenas mal sinalizada, porque às vezes os caminhos se dividiam e não ficava claro qual devíamos seguir, fomos no chute, kkk. De qualquer maneira, acredito que os dois caminhos levariam lá pra baixo. Outra coisa é que é uma longa descida, você chega lá embaixo com a perna tremendo, kkkk
Tinham vários restaurantes, especialmente no centrinho mais movimentado. Nós andamos alguns metros pra frente e almoçamos em um que por fora você não dá nada porque é bem sem graça, kkk, mas a comida estava muito gostosa (e estávamos com muita fome) e atendimento e preços bons. Se chamava Restaurante Regional de Sintra e fica ao lado da Câmara Municipal.
Depois do almoço caminhamos novamente pra procurar a Casa Periquita e comer o famoso Travesseiro de Sintra, um doce feito com uma massa folhada e um recheio de ovos. Eu não amei (mas também não achei ruim, haha) mas vale provar o doce mais conhecido da cidade e um dos mais famosos de Portugal. Custou uns 1,60 euros (não lembro se era isso exatamente, mas era aproximado). Tinha até fila e pra comer lá dentro estava lotado.
Depois de pegar nossos travesseiros, voltamos pra Lisboa porque já era passado das 16h e como estávamos no inverno, anoitecia cedo.
Outros locais legais pra conhecer em Sintra, mas que eu não fui dessa vez:
Conhecido como Paço de Sintra, é um dos Palácios mais antigos de Portugal, tendo sua fundação acontecido entre os séculos X e XI, quando o país ainda estava sob dominação dos Mouros. Foi também residência da família real portuguesa a partir do século XV até o ano de 1910. A história completa você pode conferir aqui. Custa 10 euros para acessar o Palácio e os Jardins.
Localizado no alto do morro e em posição estratégica, a alguns metros do Palácio da Pena (nós fomos a pé de um para outro, acho que tinha menos de 1km, porque a entrada da trilha fica ao lado desse Castelo). O Castelo dos Mouros é uma fortificação fundada no século X, período em que a península ibérica estava sob dominação moura. Aqui a história em detalhes. Custa 8 euros para entrar, mas quem eu conhecia que já foi, disse que não é tão imperdível (e com o valor do euro, selecionamos muuuito quais as atrações pagas que iríamos).
O Palácio foi construído em 1846 pelo comerciante inglês Francis Cook, tem influências góticas, indianas e mouras. Já o parque é considerado uma das melhores criações paisagísticas do romantismo em Portugal e também um dos jardins botânicos mais bonitos do país. Lendo mais sobre a história para fazer o post fiquei curiosa para conhecer, vou na próxima vez. A entrada custa 8 euros.
O ponto mais a oeste do continente europeu, o Cabo da Roca é marcado por um farol que teve sua construção iniciada em 1758 (e inaugurado somente em 1772) e é o terceiro farol mais antigo ainda em operação em Portugal. É possível chegar lá de carro, por excursão ou a pé (mas não sei da distância, só li que dá, haha). Pra chegar lá de ônibus, é só pegar o ônibus 403 da Scotturb.
Essas são só algumas sugestões, mas Sintra tem atrações que daria pra ficar dias por lá. Pra conhecer mais, sugiro o site oficial dos Parques que Sintra, que tem mais dicas e informações.
Aqui um resuminho em vídeo desse nosso dia em Sintra:
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