Chegamos no dia anterior à noite, vindos do Algarve. Descarregamos as malas no apartamento e meu pai foi devolver o carro no aeroporto – mesmo local onde retiramos. Se devolvêssemos na Espanha ficaria bem mais caro. A volta de metrô do aeroporto também é bem tranquila e fácil.
[Confira aqui o post com os custos totais dessa viagem]
Uma observação que comentei no post sobre os gastos da viagem: Em Lisboa é possível comprar o Lisboa Card que tem entrada livre em algumas atrações (como a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerônimos) ou tem desconto em outras. Também inclui metrô e elétrico. Custa a partir de 21 euros e dependendo das atrações que você for visitar, pode valer muito a pena. Também confira se as atrações que você quer visitar tem algum desconto se compradas online ou combinadas com outras. Eu não fiz nada disso porque até o dia da viagem tínhamos dúvida se o país se manteria aberto, então não investimos em nada com antecedência, haha.
Nos hospedamos (aqui o link do nosso apartamento) a poucas quadras da Praça do Comércio, então lá acabava sendo nossa parada todos os dias e ponto de encontro com as outras pessoas que estavam conosco. (No final do post tem o vídeo mostrando um pouco sobre esse roteiro de quatro dias em Lisboa).
Nosso primeiro dia desse roteiro de 4 dias em Lisboa foi bem de conhecimento da cidade, andar pelas ruas e descobrir lugares. Passeamos um pouco às margens do Tejo em um dia lindo (e frio) de inverno. Depois, fomos para o Castelo de São Jorge.
Fomos a pé da Praça do Comércio (tem umas subidas, mas achei tranquilo). No caminho, paramos pela Igreja da Sé de Lisboa, mas estava fechada (não sei se por ser cedo ou por conta da pandemia). Seguimos para o Castelo, que pertencia à antiga cidade medieval e foi construído pelos muçulmanos no século XI com a função de defesa. Ao longo dos séculos teve outras funções, foi residência real, quartel e é hoje considerado Monumento Nacional.
Pagamos 10 euros para entrar, lá dentro é legal, mas apesar de ter um museu, não achei super imperdível (a não ser que você não tenha ido em nenhum outro castelo durante a viagem). Mas a vista eu achei incrível, até porque não tivemos tempo de ir em muitos miradouros para ver a cidade de cima, então pela vista eu acho que valeu a pena.
Rua com muitas lojas e restaurantes, assim como as ruas dos arredores. Por ser perto do nosso apartamento, acabou sendo uma rua que passávamos todos os dias e estava super agradável para passear. Nas ruas ao redor tinham muitas lojas conhecidas, como H&M, Zara, FootLocker etc.
Andamos pelo bairro Chiado, eu como uma boa apaixonada por leitura, tinha marcado também passar para ver a Livraria Bertrand, a mais antiga do mundo em funcionamento. Ela foi fundada em 1732. Acabei não comprando nenhum, foi só pra conhecer mesmo, mas se você comprar, ganha um carimbo de que o livro foi comprado lá. 🙂
O Convento do Carmo era um complexo que abrigava um convento da Ordem das Carmelitas e foi construído em 1389. A Igreja do Carmo, que fazia parte do complexo, foi a principal igreja gótica de Lisboa. Em 1755 ficou destruída pelo terremoto que arruinou a cidade e a história é ainda mais triste, porque estava tendo uma missa e muitas pessoas morreram lá. Na parte de trás, que não foi derrubada pelo terremoto, funciona como um museu arqueológico. Custou 5 euros a entrada para as ruínas e museu e a visita não leva mais do que uma hora.
O Elevador de Santa Justa é um dos elevadores da cidade que liga a parte alta com a parte baixa. Se você pegar embaixo, vai sair da Rua Augusta para o Convento do Carmo. Custa 5,30 euros cada trecho (nesse preço eu prefiro caminhar, kkkk). Mas acabamos indo no último dia com o passe diário do metrô que vale aqui. Conto tudo sobre no Dia 4 do post.
Viemos andando pelo Tejo e viemos aqui no Mercado da Ribeira, que é da ‘rede’ Time Out. Lá tem uma variedade de restaurantes, o pessoal do nosso grupo aproveitou pra experimentar as cervejas artesanais. Eu comi o Pastel de Nata da Manteigaria e achei o melhor de todos, melhor até que o de Belém. Custou 1,20 euros cada. Também comi um caldo verde, que é típico de Portugal (experimentamos de dois lugares diferentes) e custou entre 3,80 e 4 euros o prato. Mas não gostamos, o do Brasil é bem melhor, haha. Um tinha um gosto de defumado muito forte e o outro uns temperos que não combinavam (tipo coentro, eu odeio, haha).
De maneira geral, achamos os valores nesse mercado eram mais caros do que na rua. Ah, e não aceitavam dinheiro, somente cartão, tem um aviso na entrada.
Saímos de lá, andamos mais um pouco nas margens do Tejo e assistimos o pôr-do-sol dali, lindo <3
No nosso segundo dia em Lisboa acordamos cedo e fomos para Sintra, uma cidade que fica cerca de 40 minutos de trem da Estação do Rossio e que vale muito o passeio. O roteiro desse dia em Sintra está aqui.
Depois de passear por Sintra, chegamos de volta em Lisboa por volta das 17h. Caminhamos nos arredores do Rossio e da Avenida Liberdade, mas só o início dela. Jantamos e voltamos pra casa. 🙂
[Roteiro de 2, 3 ou 4 dias em Porto]
Continuando o roteiro de 4 dias por Lisboa, esse foi o dia em que ficamos um pouco em dúvida, porque era nosso penúltimo, mas queríamos ir também conhecer Cascais. Acabamos decidindo ir para o Parque das Nações e deixar Cascais para uma próxima visita.
Pra chegar no Parque das Nações, pegamos o metrô próximo ao nosso apartamento, mas coloquei no CityMapper, o app que sempre indico e mostra exatamente qual o melhor meio de transporte, onde pegar, onde descer, quanto tempo etc. Fomos direto para a Estação Oriente, que por si só já é um ponto pra conhecer, é lindo. É uma obra do Santiago Calatrava, ele tem obras bem características e é mesmo arquiteto do Museu do Amanhã no Rio, Ponte da Mulher em Buenos Aires, o Oculum de Nova York e muitas outras espalhadas pelo mundo.
Depois fomos conhecer o parque, que fica nessa mesma região. O Parque é mais um daqueles casos de áreas industriais e abandonadas que foi revitalizado. Nesse caso aqui, foi para a Expo de 1998.
Fomos de manhã e no inverno, então não sei se pela época do ano, mas estava completamente deserto, o que dava um ar de abandonado. Tinham várias instalações artísticas, pavilhões, e o teleférico, que tem mais de 1km de extensão e custa cerca de 6 euros ida e volta.
Pelo caminho você passa por várias esculturas e também pelo Rossio dos Olivais, uma rua com as bandeiras de vários países. Ao lado é a Altice Arena, onde acontecem vários shows e outros espetáculos.
Recebi várias indicações sobre o Oceanário de Lisboa, que tem caráter educativo, é um dos maiores da Europa e já foi eleito como o melhor do mundo pelo Traveler’s Choice do Trip Advisor. Decidi ir e não me arrependi. Custa 19 euros (acho que o mais caro dos passeios da viagem), mas achei que valeu muito a pena, porque eu nunca tinha entrado em um (quem me segue a mais tempo sabe como sou desconfiada com qualquer tipo de atração envolvendo animais), mas lá me pareceu tudo muito bem cuidado, com os animais sendo de resgate ou nascidos de pais resgatados e tem uma pegada de educação para proteção dos animais e do meio ambiente muito legal, especialmente para crianças. Os tanques são enormes e dá pra ver os tubarões de perto.
Outro pavilhão que eu gostaria de ter ido era o do conhecimento, que fica também no parque e é um museu interativo, mas acabei não indo.
Saí do Oceanário já na hora do almoço, então fomos no Shopping que fica em frente para almoçar. O shopping é bem grande com várias marcas internacionais e como era final do inverno, estava tendo muitas promoções. Tem um terraço muito legal para relaxar na área da praça de alimentação.
Voltando do Parque das Nações, descemos na estação de metrô da Praça do Marquês de Pombal, porque bem em frente ficava esse parque. Mas já estávamos naquele ritmo de viagem que atravessar uma rua parecia meio longe, então só vimos esse parque de longe, haha. Parece ter um jardim muito bonito e é bem grande (por isso desistimos).
Indo em direção de volta ao nosso apartamento, voltamos andando pela Avenida Liberdade, a Champs Elysées portuguesa, com lojas caras e bonitas (só pra olhar mesmo), mas a avenida é muito bonita e às árvores que margeiam fazem um cenário de inverno que parecem um quadro:
Já no horário do pôr-do-sol, como eu não tinha subido em miradouros em Lisboa (só o do castelo de São Jorge), decidi subir o Arco da Rua Augusta, que era bem perto de onde estávamos. No pôr-do-sol vale muito a pena. Custou 3 euros, você compra os ingressos logo embaixo do arco, mas em direção à Rua Augusta (eu pedi informação pra um policial, não tava achando, haha). Estava bem vazio, só um pessoal que participava de um comício (teria eleições legislativas em dois dias). Achei que super valeu, mas pra ver o final do dia, é lindo demais!
Fomos até a estação de metrô de Terreiro do Paço, que era a próxima do nosso apartamento e compramos na maquininha o ticket de metrô de 24 horas, que custou 6,45 euros. Depois, voltamos pra Praça do Comércio, porque é lá que pegava o elétrico 15E ou o 18 (que pra mim é mais um VLT, era daqueles bem modernos, mas se vier do antigo e for o 15E ou 18, pode pegar também, nós fomos com o 15E porque veio primeiro).
Andamos por uns 20 minutos até a parada de Belém (sempre acompanhando pelo CityMapper, que mostra onde descer), atravessamos a avenida e chegamos no primeiro ponto:
Esse é um monumento de 56m de altura que celebra as ‘descobertas’ portuguesas e de onde partiram as grandes navegações. Tem a escultura de vários dos nomes que eram importantes na época dos descobrimentos, como Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Fernão de Magalhães e muitos outros.
A Torre de Belém fica a poucos metros do Padrão dos Descobrimentos. Construída no século XVI para proteger e controlar quem chegava pelo mar e também para proteger o Mosteiro, é um dos pontos mais conhecidos de quem visita Lisboa. É possível visitar lá dentro, são 5 andares e custa 6 euros. Eu não estava com vontade nesse dia, então acabei não indo.
Atravessando a rua, fomos para o Centro Cultural Belém. Estava tendo uma exposição gratuita de arquitetura, que vimos e depois subimos para o jardim que é lindo! Tem uma vista para o Tejo e para o Padrão dos Descobrimentos. Logo atrás, fica o Museu da Coleção Berardo. A entrada é gratuita aos sábados e custa 5 euros nos outros dias. Eu não sou muito fã de arte moderna e contemporânea, mas gostei muito desse, lá tem obras de Picasso, Mondrian, Salvador Dali e muitos outros, eu acho que vale muito a pena.
Aqui ficam os famosos e originais Pastéis de Belém. Na hora que fomos tinha uma fila enooorme pra comprar e levar, mas não tinha fila pra comer no local. Então entramos, lá tem salões bem grandes e como entramos, comi além dos pastéis, uma massa folhada diferente (já foi um almoço). O pastel de Belém é realmente muito bom, muito recheado (mas agora que posso comparar, gostei mais do da Manteigaria, haha). Cada pastel custou 1,20 euros e a caixa com 6 custa 7,20 euros.
Depois fomos ao Mosteiro dos Jerônimos. Não comprei online, mas indico fortemente se você for em alta temporada e não quiser esperar na fila (inclusive você pode comprar ingressos combinados com outras atrações, como a Torre de Belém). Custou 10 euros e você entra em uma porta mais pra frente (não na ao lado da igreja) e depois com o ingresso em mãos, vai pra fila ao lado da porta da Igreja.
O Mosteiro dos Jerônimos foi construído no final do século XV a mando do rei Manuel I e entregue à Ordem de São Jerônimo. É monumento nacional e patrimônio da UNESCO.
A Igreja do Mosteiro dos Jerônimos é a maior Igreja-salão da Europa e tem várias personalidades portuguesas com as tumbas lá, como Luis de Camões e Vasco da Gama. Para entrar na igreja é de graça.
Depois, voltamos pro ponto de ônibus/elétrico e pegamos o mesmo 15E pra voltar, mas íamos descer no caminho (onde o CityMapper mandou), na LX Factory. O LX Factory é mais um exemplo de região abandonada que foi revitalizada e hoje tem vários bares, restaurantes e lojas com uma pegada mais cool e jovem. Nossa intenção era almoçar por lá, mas como tínhamos comido muito no Pastel de Belém só fomos conhecer mesmo. A surpresa foi que na hora de ir embora, pegamos um daqueles elétricos antigos e clássicos e foi uma delícia andar nele 🙂
Depois fizemos o teste de COVID (em janeiro ainda era obrigatório para voltar pro Brasil) e fomos almoçar no alto Chiado. O destino era um dos restaurantes de lámen mais famosos de Tóquio, o Afuri Lamen e estava uma delícia. O meu custou 13 euros.
Aqui uma coisa que aproveitamos. O passe de 24 horas do metrô, ônibus, etc que compramos de manhã vale também para subir e descer o Elevador de Santa Justa. Só por isso já vale esse ticket, já que o elevador custa mais de 5 euros o trecho. Nesse caso, como já estávamos na parte alta, usamos pra descer (pra subir tem fila, pra descer não tinha). Então fica essa dica pra você não pagar só pra usar o elevador. 😉
Passamos o resto do dia andando pela cidade, pelos arredores do nosso apartamento e da Rua Augusta. Era um sábado, então a cidade estava bem movimentada e vibrante.
Para ir embora para o aeroporto, íamos de metrô, mas como nosso voo era 9h da manhã e o metrô começaria a funcionar às 6h naquele domingo, achamos arriscado e fomos de Uber. Custou 18 euros e foi bem tranquilo, tanto achar um carro quanto chegar.
E fiz esse vídeo mostrando um pouco como foram nossos dias por Lisboa. A viagem está toda lá, dividida por cidades – se inscreve no canal 😉
Assim foi nosso roteiro de 4 dias em Lisboa. Mas tem muito mais conteúdo da viagem aqui no blog:
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