Como visitar a Ilha de Miyajima – um bate-volta de Hiroshima

No nosso terceiro dia em Hiroshima, eu e minha tia fomos para a Ilha Sagrada de Itsukushima ou Miyajima como é conhecida. Meus pais e minha irmã foram para outro lugar mais distante, a também Ilha de Naoshima (mais detalhes nesse post). Nesse aqui, vou contar tudo sobre esse passeio rápido que fizemos, como chegar e o que visitar em Miyajima.

[Roteiro completo de 20 dias no Japão]

O que é Miyajima/Itsukushima?

A Ilha de Itsukushima ou Miyajima é uma pequena Ilha que fica a menos de uma hora de Hiroshima. Localizada na baía de Hiroshima, no Mar Seto, é considerada sagrada pelos japoneses. Itsukushima significa “Onde Deus reside”. É famosa por seu torii flutuante e é considerado um dos lugares mais bonitos do Japão.

A Ilha, mesmo estando tão perto de Hiroshima, não foi atingida pelos estragos da bomba atômica, mas passou por desastres naturais ao longo da história.

Se você estiver em Hiroshima, recomendo uma visita pela Ilha, de um dia ou meio dia, dependendo do seu tempo na cidade. Nós passamos meio período porque no final da viagem estávamos menos dispostas a fazer trilhas e outras atividades, mas tem lugares para conhecer e passar o dia inteiro por lá.

Como chegar em Miyajima?

Chegar em Miyajima foi muito fácil. Como estávamos hospedadas bem próximas da Estação de Hiroshima, pegamos um trem JR de lá (incluído no nosso passe). Chegando em lá, caminhamos uns 5 minutos – é também fácil porque está bem sinalizado e provavelmente vão ter várias pessoas e grupos de turismo fazendo o mesmo caminho, é só seguir o fluxo – até a estação onde pega os ferries. Aqui, atenção de seguir a sinalização do JR, pois tem outra empresa também fazendo esse trajeto. Só apresentar o seu passe e seguir.

Em cerca de 10 a 15 minutos no ferry, chegamos à ilha, com todos os trajetos incluídos no nosso JR Pass.

O que fazer em Miyajima?

Logo que saímos no ferry, já nos deparamos com os cervos japoneses andando livremente pela Ilha. Os mesmos cervos que conhecemos em Nara, pequenos e dóceis. Caminhamos um pouquinho às margens do mar e já chegamos em um dos cartões-postais do Japão, o torii flutuante.

• Torii flutuante: tem vários pontos de observação/foto do torii em que você consegue escapar da multidão. Você pode ver o torii submerso (como na foto) ou seco, onde pode até caminhar até ele. Eu queria ver ele assim, flutuando e para isso é importante ficar atenta à tábua de marés. Nesse dia, o pico mais alto seria às 10h da manhã e nos programamos para chegar um pouco antes. Desse horário em diante, ela começa a baixar.

• Itsukushima Shrine: o templo xintoísta de Itsukushima é do ano de 1168 e fica em frente ao torii flutuante. Custa 300 ienes para entrar. Com a maré alta, ele parece flutuar sobre a água.

• Pagoda Gojunoto: Pagoda de cinco andares, fica bem pertinho do templo.
• Monte Misen: É possível subir até a montanha e ter uma vista do alto de toda a Ilha. São três trilhas que dão acesso ao topo, com diferentes níveis de dificuldade, mas pelo que soube, nenhuma leva menos de duas horas de caminhada: Momijidani, Omoto e Daisho-in.
• Monte Misen de bondinho: É possível subir o monte de bondinho, que custa 1800 ienes o trecho, mais cerca de 1km a pé. Nós decidimos não ir e ficamos caminhando pela Ilha.
• Momojidani Park: Na base do Monte, fica o parque Momijidani. Só passamos por ele, estava lindo com as cores e folhas do outono e com os cervos descansando tranquilamente.

• Templo Daisho-in: esse templo também fica na base do Monte Misen. Não cheguei a ir nesse.
• Rua coberta de lojinhas e restaurantes: Não sei dizer o nome dessa rua, mas ela fica pertinho de onde pegamos o ferry, paralela ao mar. Tem várias lojas de souvenirs, comidas e etc, um lugar gostoso de passear depois de explorar toda a Ilha.

• Andar muito por outras ruelas da Ilha: quando fomos estava bem tranquilo em relação a multidão, então foi um passeio bem legal andar sem rumo pelas ruazinhas, entrando nas lojinhas com calma.

Decidimos não almoçar em Miyajima e voltar para Hiroshima. Chegando lá, “almojantamos” em um Yakiniku muito gostoso na Estação de Hiroshima e que ainda não tínhamos ido em nenhum, estava uma delícia.

No final do dia, ficamos no shopping e depois fomos resolver questões sobre o despacho da nossa mala de Ta-Q-Bin, que vou contar em outro post. 🙂