Dicas de viagem

Intercâmbio – Au Pair

Fiquei em dúvida se faria mesmo esse post, sendo que tem milhares de blogs sobre isso e o programa de Au Pair não deu certo para mim. Mas como o objetivo do blog é compartilhar informações, vou falar o que sei sobre o programa. Mas já adianto: o programa é muiiitoo legal quando dá certo e também uma das formas mais baratas de morar no exterior por um período de tempo maior. O país em que esse programa é mais popular é os Estados Unidos, mas também tem para outros países, como Canadá, França e Holanda, mas não é toda agência que leva e o processo é um pouco diferente.

Requisitos:

Os requisitos básicos são ter entre 18 e 26 anos, solteira e sem filhos, carteira de motorista, gostar e ter experiência comprovada cuidando de crianças de no mínimo 200 horas (não vale experiência com familiares, mas é um extra) e  inglês intermediário.

Como funciona:

Nesse programa a au pair irá morar na casa da família (chamada host family) e cuidar das crianças (normalmente entre 0 e 15 anos). Isso inclui brincar, levar e buscar na escola, fazer e dar comida, ajudar nas tarefas e manter o ambiente das crianças limpo. Se a criança for menor de 2 anos você tem que comprovar experiência de cuidado com crianças entre 0 e 2 anos. Não inclui nenhum tipo de trabalho pesado ou braçal. O trabalho da au pair será de no máximo 10 horas por dia e 45 horas por semana. A au pair também terá o próprio quarto, um dia e meio de folga por semana e 2 semanas de férias por ano.

A au pair recebe um salário semanal de quase U$ 200 e uma bolsa de estudos anual de U$ 500. É importante já deixar conversado com a família como são as regras da casa, que dia você terá folga, se poderá usar o carro no horário livre, se tem hora para voltar para casa (chamado curfew). Tem vários blogs de au pairs contando o dia a dia, acompanhe um para ver as coisas que são legais perguntar antes. 😉

Cada agência também oferece um suporte com uma coordenadora local que organiza encontros mensais com as au pairs da região.

A seleção:

Preenchendo todos os requisitos, você envia um application para a agência que você escolher. Nesse application terá muitas informações sobre você, sua experiência e suas fotos (vi que hoje em dia usam até vídeos). A agência verificará quais famílias tem um perfil parecido com o seu. Quando uma família se interessar, eles podem entrar em contato contigo, tirar dúvidas sobre você e você sobre eles. Aproveite para entender sobre cada criança, rotina, sua funções, a cidade, se você terá carro, como serão as suas folgas, enfim, tudo mesmo e não deixe nada em dúvida. Também é legal falar bastante sobre você e suas expectativas. Se vocês se gostarem, acontece um match e caso prefiram continuar procurando, podem justificar e partir para a próxima. Não tenha pressa em fechar com qualquer família, converse bastante e só feche se tiver certeza. Algumas agências permitem que o seu application fique com mais de uma família ao mesmo tempo e algumas enviam para uma família por vez.

Quanto custa:

Para participar do programa você paga cerca de R$ 2000, entre taxas de programa e inscrição. A passagem aérea quem paga é a host family. Também inclui seguro saúde básico e uma semana de treinamento/orientação que, nas agências que eu conheço, acontece em Nova York ou alguma cidade próxima. As despesas do visto ficam por conta da participante, que giram em torno de R$ 600. O visto é o J1 com duração de um ano. O programa pode ser estendido por mais 6, 8 ou 12 meses.

Agências:

As agências mais famosas nesse programa são: EF Cultural Care, STB – Au Pair Care e Experimento.

Não esqueça:

É muito importante que você se sinta segura com a escolha da sua família, pois mesmo sendo um trabalho, é onde você vai morar e serão as pessoas que você vai conviver por um ano. Por isso, deixe tudo bem claro.

Além de tudo isso, esse programa permite que você faça amizades com pessoas do mundo todo (nos encontros mensais de au pairs, por exemplo) e também tem a oportunidade de viajar para diferentes lugares no país, tanto com a família quanto nas suas folgas.

Sobre o programa é isso, nos próximos posts vou falar sobre os outros intercâmbios que eu fiz. Pesquisei antes de colocar as informações aqui, mas peço desculpa se falei alguma coisa que mudou do meu tempo para agora (fiz o programa em 2007).

@thaiskw

View Comments

    • Oi Bianca, tudo bem?
      Acho que principalmente porque eu e a família não deixamos bem claro as responsabilidades e não alinhamos expectativas, rs. Chegando lá, não gostei de algumas coisas e não me adaptei com eles.
      Conta também que eu era bem nova e escolhi a família na ansiedade para viajar logo. Cheguei a pedir para trocar de família (a gente pode fazer isso), mas não encontrei outra no tempo e voltei. Talvez hoje em dia, tudo teria sido diferente. Fiquei só três meses.
      Você está pensando em fazer esse programa? Mesmo não que não tenha dado certo para mim, acho que é um programa muito legal, conheci várias amigas que deram super certo, não desencorajo ninguém, mas tem que ler e pesquisar muito e escolher a família com bastante cuidado. Boa sorte!:)
      Beijos, Thaís

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