Antes de chegar no Japão, aproveitamos a viagem pra conhecer outro lugar que estava na listinha dos sonhos: o Havaí! Não é exatamente no caminho, mas é possível combinar voos que com um stop-over você consegue essa parada sem pagar nada a mais, como fizemos. 🙂 (Lembrando que para fazer uma conexão nos Estados Unidos, você precisa ter o visto americano).
O Havaí é um dos cinquenta estados dos Estados Unidos (o mais novo, se tornou estado norte-americano em 1959) e é formado por 8 ilhas principais, de origem vulcânica. As mais conhecidas são Hawaii (Big Island), Maui, Kauai e Oahu. Em Oahu moram mais de 1,4 milhões de habitantes, o que representam 97% da população havaiana.
O estado – que fica no meio do pacífico, longe de tudo – é lindo, com muita natureza, passeios contemplativos e um mar azul de revista. Foi cenário de filmes e estava no meu imaginário há anos. Foi um sonho realizado passar esses dias por lá e vou contar tudo nesse post.
A ilha de Oahu tem muitas opções legais de hospedagens, mas para o meu bolso, achei tudo bem caro. Acabamos optando por ficar em Waikiki, pois como era nossa primeira vez no Havaí, queríamos ficar em um lugar mais central e mais movimentado. A ilha é grande e se você ficar em North Shore por exemplo, pode encontrar hospedagens mais em conta, mas leva quase 1 hora de carro pra chegar em Waikiki.
Quando íamos em 2020, tínhamos reservado esse hotel. Mas ele estava bem mais caro agora em 2022 e acabamos escolhendo o Aston Waikiki Sunset, o mais barato que apareceu para o nosso grupo de cinco pessoas e ficava a cerca de duas quadras da principal de Waikiki, tinha uma ABC Store quase ao lado e o acesso era fácil de carro aos outros pontos da cidade. O que eu percebi pesquisando é que a maioria desses hotéis econômicos tem uma vibe meio anos 90, haha.
Na hora da reserva, tanto no Booking quanto no Hoteis.com, fique atenta que as taxas aparecem separadas e somando, nem sempre as que aparecem como as mais baratas são porque algumas tem essa taxa bem alta. Outro ponto importante é que na maioria das vezes o estacionamento é pago a parte e também não é barato. Nós pagamos U$ 25 por dia.
Outras opções de hoteis que eu tinha salvo em Waikiki – econômicos:
Imperial Hawaii Resort – também em Waikiki
Apartamento em Waikiki (estava bem avaliado, por isso marquei)
Outrigger Waikiki Beachcomber Hotel
E se você tiver mais dinheiro pra investir:
Hilton Grand Vacation Clubs – Hawaiian Village
[Confira o vídeo da viagem no Youtube]
Chegamos no Havaí por volta das 14h, mas até pegar o carro alugado e sairmos do aeroporto já era bem mais tarde. A viagem até lá foi bem cansativa – 10h de SP até Houston e mais 8h de voo até Honolulu e um fuso horário de 7h a menos em relação ao Brasil. Fora as muitas horas de conexão. Então estávamos bem cansados de mais de um dia entre voos e aeroportos.
Fomos para o hotel, fazer o check-in e trocar de roupa (estava bem calor, acho que é assim o ano todo) e saímos para dar uma volta por Waikiki. Como o hotel é perto, fomos a pé procurar um lugar para jantar.
A principal avenida de Waikiki é a Kalakaua e lá tem muitas lojas, restaurantes e centros comerciais. Em uma parte dela ficam lojas de luxo, como Tiffany’s, Chanel, YSL etc.
Fomos caminhando e nessa avenida fica também a estátua do Duke Kahanamoku – conhecido como o pai do surfe moderno e um herói para os havaianos. Ele foi muito conhecido na natação, surfe e canoa havaiana e ganhou medalhas olímpicas em 1920 e 1924. Ao lado da estátua dele tem shows gratuitos de Hula às quartas, sextas e sábados às 18h30.
Nós entramos no International Marketplace, um pequeno shopping nessa avenida e comemos um Poke no Uncle Sharkii, uma rede quase fast food. Mesmo assim, foi o melhor poke que já comi até hoje, muito saboroso e bem servido. Custou cerca de U$16 e recomendo muito!
Na Avenida Kalakaua tem muitas outras opções de comida, mas nesse dia queríamos alguma coisa rápida, porque chegamos com fome, mas lá tem também uma Cheesecake Factory e um restaurante chamado Duke’s que é famosinho e estava na minha lista. Só não fomos porque ainda não estava aberto e não quisemos esperar.
Depois andamos por algumas lojas – não tem só luxo não, haha, fomos na Ross e na H&M que perto. No final da tarde fomos para o Royal Hawaiian Center, outro centro comercial/shopping que estava tendo uma apresentação de Hula.
Perto das 18h começou a dar sono e fomos andando de volta para o hotel. Paramos pra ver uma parte da apresentação de Hula ao lado da estátua do Duke (era um sábado) e fomos dormir.
Começamos o dia visitando Pearl Harbor. A visita mais básica, que dá direito aos museus e uma ida de barco até o Arizona Memorial é gratuita se você chegar na hora e entrar, mas eu recomendo que você faça uma reserva no site oficial para garantir sua entrada. Essa reserva custa U$ 1 e pode ser feita com 60 dias de antecedência no site oficial do governo.
Tem outras opções de tours pagos, que vão de U$ 20 à muitos dólares, como esse aqui, que dá acesso a várias outras áreas. Nós tínhamos pouco tempo, então a visita simples foi suficiente pra nós.
Tomamos café em Waikiki – a ideia era ir no Kona Café, mas estava com uma fila gigante – compramos sanduíches e iogurte em um mercadinho na frente.
Nosso horário em Pearl Harbor era 11h da manhã e levamos uns 20 minutos pra chegar lá. O estacionamento é gratuito e não pode entrar com bolsas ou mochilas.
Na visita, você passa pelo Museu que sob a perspectiva dos Estados Unidos, mostra o contexto do país na época, do Havaí e da Segunda Guerra. Depois tem outra parte mostrando como foi o ataque.
Na época o Havaí ainda não era um estado americano, mas era uma base militar dos Estados Unidos no pacífico. O Japão queria acabar com essas bases e atacou no dia 7 de dezembro de 1941.
Pearl Harbor funciona até hoje como uma base militar.
Saímos de Pearl Harbor e fomos para Ko Olina, uma outra região da ilha porque eu como louca da Disney que sou, queria muito conhecer o resort que eles tem lá, se chama Disney Aulani. Na frente tem umas lagoas públicas (eles chamam de lagoas, mas é a praia). Nessa parte também ficam outros grandes hotéis de rede e resorts e achamos tudo muito lindo e bem cuidado.
O resort da Disney é lindo, um sonho mesmo. Cheguei a olhar as diárias, mas era cerca de U$ 900 o quarto para 4 pessoas, bem acima do nosso orçamento.
A ideia inicial era reservar um dos restaurantes pra almoçarmos lá, mas eles estavam fechados na hora, o que eu queria abria pro jantar e eram bem caros – então não focamos nesse plano. Depois, decidimos comer no Eggs ‘n Things, um café que tem ali perto, mas ele fechava às 15h e perdemos. Tinham outros restaurantes ao redor, mas tinha também um supermercado com buffet e bandejas prontas e acabamos comendo assim – bom preço e comida boa, tinha até poke. (Mas não tinha lugar para comer, acabamos sentando no carro para almoçar, haha).
As lagoas tem estacionamentos gratuitos ao redor, mas eles esgotam muito rápido. Nós estacionamos em um centro comercial do outro lado da rua (onde ficam os restaurantes e o supermercado), mas era pago, cerca de U$3/hora.
Se você não fizer questão der ver o resort da Disney e/ou estiver com pouco tempo pra aproveitar as lagoas, pode pular esse passeio sem culpa.
Depois pegamos a estrada novamente (mais uns 25 minutos) e fomos até Haleiwa, em North Shore. Amamos essa região e queríamos ter tido mais tempo pra aproveitar (se você não tiver ido pra Ko Olina, vai ter esse tempo).
Nesse caminho ficam também o Dole Plantation, a maior plantação de abacaxis do mundo. Lá você pode fazer vários tours e atividades. Como tínhamos poucos dias, não fizemos, mas se você tiver uns dias a mais, pode ser interessante.
Em Haleiwa nós fomos até o Matsumoto Shave Ice, onde vendem aqueles gelos raspados com sabor e é super famoso na região (inclusive no filme ‘Como se fosse a primeira vez’ o Adam Sandler usa umas camisetas de lá).
Custa entre U$3,50 e U$4. Peguei o maior e ele serviu bem três pessoas. Não é nada demais, é literalmente gelo raspado com xarope, mas ajuda a refrescar. Eu tenho memória afetiva que comia quando era criança, haha. Minha tia explicou depois que essa era uma sobremesa conhecida no Japão na época da crise, quando a população não tinha muito dinheiro, porque era barata.
Depois fomos pra Banzai Pipeline, conhecer a praia onde acontecem os campeonatos de surf. Não tinha onda, mas a praia estava vazia e bonita. Você pode ver a previsão de ondas em diversos sites, eu usei esse. Como faltava um tempinho ainda pro sol se pôr, fomos um pouco mais pra frente, na Sunset Beach e tivemos um pôr-do-sol incrível!
Nas duas praias chegamos só com as direções do Google Maps. A Banzai estacionamos em uma rua residencial e a Sunset tinha um estacionamento gratuito na frente, então foi bem tranquilo.
Depois, mais uma hora de estrada pra voltar para Waikiki.
Ala Moana
O dia rendeu né? Aproveitamos e fomos no Ala Moana, um shopping center a céu aberto. Tem muitas lojas, as de grife às mais populares. Era domingo, mas pela internet dizia que fechava às 20h. Chegamos pouco antes das 19h e muita coisa já estava fechada, mas tem uma Target e aproveitamos pra dar uma passadinha lá. A praça de alimentação é fraca e também estava fechando, então não demoramos nesse dia.
Nosso segundo dia inteiro começou com a trilha de Diamond Head, que é a cratera de um vulcão formada 300 mil anos atrás de uma única erupção. São mais ou menos 3km de ida e volta. É preciso fazer reserva, que abrem no site exatos 30 dias antes da data. Custa U$ 10 por carro e U$ 5 por pessoa.
Essas reservas são feitas em janelas de horário: 6h às 8h, 8h às 10h e assim por diante. Minha dica é que você pegue uma das duas primeiras, porque faz muito calor no Havaí em qualquer época do ano. Nós achávamos que era uma trilha leve e deixamos pra tomar café da manhã depois. Não achei tão leve e o café fez falta. Levamos umas 2 horas pra ir e voltar com calma.
Em uma rua próxima à saída da trilha (já com o carro), achamos um café bonitinho e muito gostoso chamado Aloha Pinepple Café (no vídeo abaixo mostrei um pouquinho).
Depois fomos para outra região, que além da Marina, acredito que é também o centro administrativo de Honolulu. Nossa intenção era subir a Aloha Tower, que já foi a construção mais alta do Havaí. Foi construído em 1926 como um farol. Mas quando chegamos, estava fechada e não pudemos entrar. Ao lado fica o Aloha Tower Marketplace, mas estava com todas as lojas fechadas também (era de manhã, por volta das 10h).
Então dali fomos a pé até o Iolani Palace, que é o único palácio dos EUA usado como residência real, de 1882 a 1893. Foi a residência oficial dos dois últimos monarcas do reino do Havaí: o rei Kalākaua e sua irmã e sucessora, a rainha Liliʻuokalani. Essa também foi a primeira residência do Havaí a ter eletrecidade, descarga e telefones dentro de casa. Os tours são vendidos no site oficial e variam entre U$25 e U$70, mas dá pra visitar os jardins gratuitamente. Esse palácio aparece na série Hawai Five-0 como a sede da polícia (eu não assisto, mas li que era, haha)
Depois ficamos com fome e fomos almoçar. Se você quer comer em um lugar com comidas bem diferentes e bem típicas do Havaí, anota essa dica: Highway Inn Kaka’ako (tem algumas da rede Highways inns pela cidade, nós fomos nessa). Precisa gostar de experimentar porque é bem diferente, hein? Eu não sou ousada e pedi um cozido de carne que parece a nossa carne de panela e estava delicioso. O resto do meu grupo experimentou os pratos típicos. Eles não amaram as comidas, mas amaram a experiência de provar. 🙂
Como o dia estava cansativo por causa da trilha, o resto do tempo fomos passando em algumas lojas só pra passear mesmo e no fim fomos para um Outlet chamado Waikele Premium Outlet. Ele é bem pequeno se comparado com os outros que tem pelos Estados Unidos, mas já estava tendo alguma promoções de Black Friday.
À noite, pra encerrar o segundo dia, jantamos no Cheeseburger in Paradise, na Avenida Kalakaua já pertinho do nosso hotel. Hamburger bom e os valores eram entre U$ 15 e U$20. Tinha uma pequena fila de espera, mas andou bem rápido.
No nosso último dia inteiro o plano era pegar o carro e sair passeando pelo outro lado da Ilha que ainda não tínhamos ido. Eu tinha os principais pontos marcados no mapa pra poder ter um caminho no gps, mas o legal é ir parando onde achar bonito. Nosso itinerário foi assim:
Daqui começou a chover e voltamos para Waikiki. Fomos de novo no Ala Moana, Walmart, Target e esses lugares que só tem nos Estados Unidos, haha. Compramos também um abacaxi pra comer no hotel porque o daqui é o mais saboroso que já experimentamos.
Passamos mais um pouco pela Kalakaua Avenue e compramos o mesmo poke da chegada, no Uncle Sharkii do International Marketplace.
Assim acabou nossa aventura no Havaí. No dia seguinte saímos do hotel cedo direto para a próxima parada: Japão!
Se você tiver mais tempo – sugestões para roteiros de 4, 5 ou mais dias:
Enfim, esse roteiro poderia ser de 4, 5, 6… até 30 dias em Oahu que sempre vão ter atividades legais e lugares lindos pra conhecer. Foi realmente muito especial conhecer o Havaí e espero voltar logo. Fiz um vídeo da viagem pra tentar mostrar um pouco do que foram esses dias (e tem também a playlist completa do Japão lá no canal):
Lá no Instagram está a viagem toda nos destaques.
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